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Quais as Diferenças entre os Motores 2.0 16V e o Motor 2.0 8V do Fiat Tempra?

    O Fiat Tempra é um veículo que marcou época e deixou sua marca na indústria automobilística brasileira. Com opções de motorização que despertam a curiosidade dos entusiastas e colecionadores, o Tempra ofereceu ao mercado variantes com motores 2.0 8V e 2.0 16V, cada um com suas peculiaridades e características técnicas distintas. Neste artigo, exploraremos as diferenças entre esses dois motores, que foram fundamentais para o desempenho e a popularidade do Fiat Tempra no Brasil.

    O Motor 2.0 8V do Fiat Tempra

    O motor 2.0 8V do Fiat Tempra é frequentemente confundido com um motor de 16 válvulas devido à sua configuração de duplo comando de válvulas, um para admissão e outro para escape. No entanto, a Fiat optou por um arranjo de 8 válvulas, uma escolha que remonta ao final dos anos 60, quando o motor foi inicialmente projetado para a linha de competição da Fiat Abarth pelo engenheiro Aurélio Lampredi. Este motor, conhecido como Lampredi, foi utilizado em diversos modelos da Fiat e da Lancia na Europa, incluindo o Regata, Ritmo, Croma, Tipo e Tempra.

    Introduzido no Brasil em 1994 como modelo 95, o motor 2.0 8V do Tempra veio equipado com uma injeção monoponto, um sistema de injeção comum na época, mas que logo foi substituído devido às normas de emissão de poluentes. Este motor, simplificado em comparação com suas versões europeias, não possuía eixo contrarrotante e foi amplamente utilizado nos modelos argentinos, como o Fiat Regata. Com 5 cavalos e 16.5 kgfm de torque a 3.000 RPM, o motor 2.0 8V proporcionava um bom desempenho ao Tempra, especialmente em baixas rotações.

    O Motor 2.0 16V do Fiat Tempra

    Por outro lado, o motor 2.0 16V do Fiat Tempra representou um avanço significativo em termos de tecnologia e desempenho. Lançado em 1993 no Tempra Ouro, este motor contava com injeção multiponto, quatro bicos injetores e uma configuração totalmente sequencial. Inicialmente, os primeiros modelos não possuíam bobina e utilizavam um distribuidor com injeção Magneti Marelli P8. Em janeiro de 1995, o sistema foi atualizado para o Magneti Marelli G7, mantendo a injeção sequencial e melhorando a eficiência do motor.

    Com dois comandos de válvulas e um total de 16 válvulas, o motor 2.0 16V do Tempra oferecia 127 cavalos e 18.4 kgfm de torque a 4.750 RPM. Este motor se destacava por seu desempenho em altas rotações, embora também apresentasse uma resposta satisfatória em baixas rotações. Apesar de declarar 127 cavalos, especula-se que a potência real poderia ser maior, em torno de 135 cavalos, mas a Fiat optou por declarar a potência menor para se beneficiar de uma tributação de IPI mais favorável.

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    Comparativo e Evolução dos Motores

    Comparando os dois motores, o 2.0 8V se mostrava mais vivo em baixas rotações, enquanto o 2.0 16V impressionava pelo desempenho em altas rotações. A evolução dos sistemas de injeção, passando de monoponto para multiponto, refletiu a busca constante por eficiência e conformidade com as normas ambientais. A transição para o motor Fire em 2002 marcou o fim da era dos motores 2.0 no Fiat Tempra, mas a lembrança desses propulsores permanece viva entre os aficionados pela marca e pelo modelo.

    Conclusão

    As diferenças entre os motores 2.0 8V e 2.0 16V do Fiat Tempra são um testemunho da evolução tecnológica e do compromisso da Fiat com o desempenho e a satisfação do consumidor. Cada motor tinha suas vantagens e atendia a diferentes perfis de motoristas, mas ambos contribuíram para o legado do Tempra no mercado automotivo brasileiro. A PersonalCarBrasil celebra essas máquinas que, mesmo após anos de sua descontinuação, ainda despertam admiração e interesse entre entusiastas e colecionadores.

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