São Paulo – A Volkswagen do Brasil encerra 2025 celebrando os 45 anos do Gol, modelo que se tornou o automóvel mais produzido, comercializado e exportado da história da indústria nacional.
Primeiros passos (1980-1983)
Apresentado à imprensa em maio de 1980, o hatch chegou às concessionárias nas versões básica e L, ambas equipadas com motor 1.3 refrigerado a ar, de 42 cv, herdado do Fusca. Em 1981 recebeu um propulsor 1.6, também a ar, dotado de dupla carburação e 51 cv. No ano seguinte surgiu o Gol Copa, baseado na configuração LS, em homenagem ao Mundial de Futebol realizado na Espanha.
A era dos esportivos (1984-1989)
O primeiro Gol de apelo esportivo apareceu em 1984: o GT, com motor 1.8 de 99 cv e refrigeração líquida. Em 1985, unidades com motores líquidos ganharam a dianteira do Voyage e da Parati, com faróis maiores e luzes de direção integradas. Já em 1986 estrearam os propulsores AP 600 (Alta Performance).
Em 1987 o hatch passou pela segunda e mais profunda reestilização, adotando novos faróis, grade, lanternas, para-choques envolventes e rodas redesenhadas. Surgiu então a linha C, CL e GL, enquanto o GT cedeu lugar ao GTS. No mesmo período o modelo assumiu a liderança de vendas no país.
Outro marco ocorreu em outubro de 1988, no Salão do Automóvel de São Paulo, com o lançamento do Gol GTi, primeiro carro nacional equipado com injeção eletrônica. O 2.0 entregava 120 cv e acelerava de 0 a 100 km/h em menos de nove segundos.
Anos 1990: popularização e evolução mecânica
A década seguinte trouxe melhorias de acabamento e o pioneirismo entre os motores 1.0. O Gol 1000 impulsionou as vendas e, em 1993, o modelo alcançou 1 milhão de unidades. Em 1994 o Gol Copa voltou às lojas, agora em tom azul e inspirando-se no GTi, marcando a despedida da primeira geração. Em setembro daquele ano nasceu o Gol GII, apelidado de “bolinha”.
Na nova fase, o GTI passou a usar um 2.0 16 v de 145 cv importado da Alemanha. O último Gol 1000 quadrado saiu da linha em 1996.
Virada do milênio: G3, turbo e flex
O Gol G3 chegou em 1999. Pouco depois, o hatch se tornou o primeiro 1.0 turbo nacional, com 112 cv e 15,8 kgfm. Em 2001 ultrapassou o Fusca ao atingir 3,2 milhões de unidades vendidas e, em 2003, tornou-se o primeiro carro brasileiro a oferecer motor total flex.
Imagem: Internet
Nova plataforma e eletrônica (2008-2014)
Lançado em 2008, o Gol G5 adotou a moderna plataforma PQ24 e, no ano seguinte, passou a oferecer câmbio automatizado i-Motion. Após 27 anos no topo, o modelo deixou a liderança de emplacamentos em 2014.
Fase final e série derradeira
O último facelift veio em 2016, com motor 1.0 de três cilindros, 12 v e 82 cv. Para encerrar a produção, a Volkswagen lançou a série limitada Gol Last Edition, restrita a 1 000 unidades. A versão traz pintura Vermelho Sunset, detalhes em preto piano e o motor 1.0 MPI ligado a câmbio manual de cinco marchas.
Acervo histórico na Garagem Volkswagen
Parte da trajetória do Gol está preservada na Garagem Volkswagen, considerada o maior acervo de clássicos mantido por uma montadora no Brasil. Entre os destaques estão:
- Gol 1300 L 1980, primeiro exemplar a obter placa preta;
- Gol GTi 1993, utilizado em testes de engenharia e com 26 000 km originais;
- Gol GII 1999 CL 1.6, transferido da linha de montagem direto para o acervo;
- Gol GIII 1.0 16 v 2001, que marcou 10 milhões de Volkswagen produzidos no país;
- Gol GIV 2006 1.6, preservado antes da chegada do G5;
- Gol Last Edition, símbolo do fim da produção após 42 anos em Taubaté (SP).
Com 45 anos de história, o Gol mantém o posto de maior sucesso da Volkswagen no Brasil, somando feitos que variam de recordes comerciais a novidades tecnológicas pioneiras no mercado nacional.
Com informações de IG Carros