Volkswagen Santana: relembre as gerações do sedã que marcou duas décadas no Brasil

Apresentado ao mercado brasileiro em junho de 1984, o Volkswagen Santana foi o sedã escolhido pela marca para enfrentar rivais como Chevrolet Monza e Ford Del Rey. Derivado da segunda geração do Passat europeu, o modelo ganhou versões, motores e reestilizações que o mantiveram nas concessionárias até 2006.

1ª geração (1984-1990)

O Santana chegou com as versões CS, CG e CD, todas equipadas com motor 1.8, câmbio manual de cinco marchas e opção de transmissão automática. Vidros e travas elétricos, além de rádio toca-fitas, posicionavam o carro em um patamar superior para a época.

O line-up inicial ofereceu ainda a rara configuração duas portas, exigência do mercado brasileiro, e, em 1985, deu origem à perua Quantum – única station wagon nacional com quatro portas naquele momento.

A linha 1987 trouxe para-choques plásticos integrados e nova nomenclatura: C, CL, GL e GLS. Em 1988, o motor AP 2.0 passou a equipar as versões GL e GLS, elevando desempenho e torque para viagens. Apesar do bom acabamento e de itens como câmbio automático, as primeiras unidades 1.8 eram criticadas pelo desempenho discreto.

2ª geração (1991-2006)

Com a abertura do mercado na década de 1990, a Volkswagen realizou uma profunda reestilização em 1991, alinhando o desenho ao Passat B3. O Santana tornou-se o primeiro nacional a oferecer freios ABS como opcional e passou a contar com catalisador.

A evolução mecânica veio pela injeção eletrônica: sistema multiponto Bosch LE-Jetronic na série Executive (1990), expansão para motores 1.8 e 2.0 em 1991 e adoção do gerenciamento EEC-IV no 2.0 em 1994. Em 1997, a Magneti Marelli passou a equipar ambos os motores.

A carroceria duas portas foi aposentada na “Série Única” (2000i 2p) de 1995. No ano seguinte, chegaram as versões 1.8 Mi, 2000 Mi, Evidence e Exclusiv. A última reestilização, em 1998, eliminou o quebra-vento e modernizou o interior. Pacotes Comfortline e Sportline foram lançados em 2001, e, em 2003, o modelo ganhou rodas do Gol Turbo e novo volante.

A produção terminou em 2006, já com vendas concentradas em frotas corporativas e táxis.

Séries e versões de destaque

Evidence (1989): GLS 2.0 com lanternas fumê, rodas “pingo d’água” e pintura Preto Ônix.
Executive (1990): estreou a injeção multiponto e pacote de luxo.
Sport (1993): configuração duas portas, motor 2.0i e freios ABS.
Série Única (1995-1996): despedida das duas portas com visual esportivo e ampla lista de opcionais.
Comfortline e Sportline (2001): reorganizaram a gama na fase final.

Santana Quantum

Lançada em 1985, a perua acompanhou todas as atualizações visuais e mecânicas do sedã, mantendo a proposta familiar e o porta-malas generoso. A última remodelação ocorreu em 1998, e a produção foi encerrada em 2003.

Legado

Eleito Carro do Ano em 1989, o Santana passou de vitrine tecnológica da Volkswagen nos anos 1980 a solução de frota na década seguinte. Mesmo após o fim da fabricação, em 2006, continua presente nas ruas pela robustez mecânica e pela manutenção acessível, garantindo lugar entre os sedãs mais lembrados do país.

Com informações de iG Carros

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