A indústria automotiva brasileira vive um cenário de contrastes em 2025. Dados divulgados pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) mostram que, enquanto as vendas internas avançam, a produção desacelera diante da queda nas exportações e da maior participação de modelos importados, sobretudo da China.
Emplacamentos sobem 8,9% no acumulado do ano
Entre janeiro e outubro, foram licenciados 2,12 milhões de veículos, expansão de 8,9% em relação ao mesmo período de 2024. Somente em outubro, 219,4 mil unidades receberam placas, aumento de 5,1% na comparação anual.
Produção recua apesar da demanda interna
Mesmo com o ritmo firme de vendas, as montadoras produziram 206,3 mil veículos em outubro, volume 1,5% menor que o registrado no mês anterior. No acumulado de dez meses, a produção soma 1,99 milhão de unidades, praticamente estável frente a 2024 (alta de 0,1%).
Exportações mantêm pressão sobre as fábricas
As remessas ao exterior seguem em queda. Em outubro, 30,3 mil veículos foram embarcados, recuo de 4,1% em relação a setembro. De janeiro a outubro, as exportações somam 311 mil unidades, retração de 16,5% no comparativo anual. A Anfavea aponta a demanda mais fraca em países da América Latina e a concorrência de importados de maior valor agregado como principais fatores para o desempenho negativo.
Modelos chineses ganham fôlego no mercado nacional
Os automóveis fabricados na China avançam rapidamente no Brasil. Impulsionados por opções eletrificadas e estratégia agressiva de preço e tecnologia, esses veículos acumulam alta de 52,9% nas vendas de 2025. A fatia de mercado dos chineses subiu de 3,7% em 2024 para 5,7% neste ano, reforçando o desafio para as marcas tradicionais instaladas no país.
Imagem: estes e pelo universo automotivo
Com o crescimento das importações, sobretudo da China, e a fraqueza das exportações, a indústria local busca alternativas para equilibrar produção e demanda, enquanto acompanha a mudança no perfil do consumidor brasileiro.
Com informações de carros.ig.com.br