A Toyota Hellas lançou na Grécia a peça publicitária “Escape Vehicle”, que mostra a fuga de uma mãe e da filha de uma situação de violência doméstica a bordo de um Ford Fiesta, modelo de uma marca concorrente.
Campanha inusitada
Produzido pela agência Ogilvy Greece e dirigido por Argyris Papadimitropoulos, o filme de 90 segundos acompanha, em silêncio, a saída das duas personagens durante a madrugada. A logomarca da Toyota aparece somente no encerramento, ao lado da frase: “Não importa o carro que você dirige. Contanto que você vá embora.”
A escolha de um veículo da Ford foi intencional, segundo os criadores, para reforçar que, em situações de risco, a marca do automóvel é irrelevante diante da necessidade de escapar de um relacionamento abusivo.
Apoio a vítimas
Além da mensagem de conscientização, a Toyota Hellas anunciou apoio financeiro à ONG Diotima, fundada em 1989, que oferece assistência jurídica e psicossocial gratuita a mulheres vítimas de violência de gênero na Grécia.
Dados sobre feminicídio
Levantamento da ONU Mulheres indica que aproximadamente 60% dos feminicídios no mundo são praticados por companheiros, ex-companheiros ou familiares. O Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025 aponta que, no Brasil, cerca de 80% das 1,5 mil mulheres assassinadas em 2024 foram mortas por pessoas do círculo íntimo.
Mobilizações no Brasil
No domingo, 7 de dezembro, o Movimento Nacional Levante Mulheres Vivas promoveu atos simultâneos em cidades como São Paulo (vão do Masp), Rio de Janeiro (Posto 5, Copacabana), Curitiba, Belo Horizonte, Manaus e Salvador. Os protestos denunciaram o aumento dos casos de feminicídio e cobraram políticas públicas mais eficazes.

Imagem: Internet
Representantes do movimento afirmam que, mesmo com medidas protetivas ativas, a resposta estatal segue insuficiente. Especialistas destacam que o endurecimento de penas, isoladamente, não substitui ações de prevenção, acolhimento e fortalecimento da autonomia financeira das mulheres.
Canais de ajuda
Em situação de violência ou ameaça, a orientação é buscar um local seguro e acionar as autoridades. A Central de Atendimento à Mulher atende pelo telefone 180, 24 horas por dia. Em risco iminente, a Polícia Militar pode ser contatada pelo 190. Registrar boletim de ocorrência, solicitar medidas protetivas e procurar apoio psicológico e jurídico são passos essenciais para interromper o ciclo de violência.
Organizações da sociedade civil e serviços públicos oferecem atendimento gratuito para auxiliar as vítimas na reconstrução de sua autonomia.
Com informações de IG Carros