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TESTE – Spin 2025 Aguento 74 Mil KM? Teve MUITO problema!

    Spin 2025 é a palavra-chave que todo entusiasta de minivans brasileiras tem repetido nas últimas semanas, e não à toa. No vídeo “TESTE DE LONGA DURAÇÃO DA SPIN 2025! 74 mil km e DEU BASTANTE PROBLEMA!” do canal Wanderson Luis Dicas Automotivas, acompanhamos um relato minucioso dos altos e baixos de uma unidade que rodou o equivalente a quase duas voltas completas na Terra. Logo de saída, o criador de conteúdo promete abrir o jogo sobre todas as panes mecânicas, falhas eletrônicas e gastos de manutenção, mas também revela pontos positivos de conforto e usabilidade que colocam a minivan da Chevrolet em posição singular no mercado.

    Neste artigo crítico de aproximadamente 2 300 palavras, mergulharemos no teste de longa duração e, além de destrinchar cada problema enfrentado, compararemos a Spin 2025 com rivais diretos, exploraremos custos ocultos, ouviremos especialistas e responderemos às dúvidas mais frequentes dos leitores. Se você cogita comprar uma Spin zero ou seminova, prepare-se: ao final, terá ferramentas concretas para decidir se vale ou não investir no modelo.

    1. Contextualização do teste: metodologia e transparência

    Quilometragem, uso e perfil do condutor

    O canal relata que a Spin Premier 2025 foi adquirida nova, manteve revisões em concessionária até 60 000 km e, depois disso, passou a frequentar oficinas independentes especializadas em GM. Mais de 70 % dos quilômetros rodados ocorreram em estradas interestaduais, sempre carregando família e bagagens – cenário perfeito para comprovar a vocação familiar da minivan. Durante a semana, entretanto, o carro também encarou trânsito urbano pesado em Belo Horizonte, com trechos de paralelepípedo que castigam suspensão.

    Critérios de avaliação

    Wanderson adotou um diário de bordo no qual anotava consumo de combustível, troca de componentes e eventuais falhas. Para esta análise, focaremos nos seguintes critérios: confiabilidade mecânica, custo total de propriedade, ergonomia, versatilidade interna e valor de revenda. Cada tópico recebeu notas de 0 a 10, ponderadas pela severidade ou relevância de cada falha.

    Caixa de destaque #1 – Resumo rápido da metodologia
    • Revisões oficiais até 60 000 km
    • Estrada: 52 000 km | Cidade: 22 000 km
    • Diário de bordo digital compartilhado com inscritos
    • Todos os valores de peças obtidos em 2024
    • Combustível majoritário: etanol (65 %)

    2. Confiabilidade mecânica: motor 1.8 veterano em xeque

    Problemas de fábrica versus desgaste natural

    A Spin 2025 conserva o motor 1.8 Econo.Flex, robusto no papel, mas envelhecido frente a rivais turbo. Aos 30 000 km surgiram ruídos de tucho hidráulico enquanto a lubrificação estava dentro do prazo; a concessionária reconheceu como normal e apenas trocou óleo para um 5W30 sintético. Já aos 52 000 km apareceu vazamento na junta da tampa de válvulas, problema crônico do bloco Família 1. A correia dentada – ainda presente – exigiu substituição prematura aos 60 000 km por ressecamento, gerando alerta para quem aposta em motores sem corrente de comando.

    Os dois eventos mais graves ficaram registrados aos 64 000 km: falha no corpo de borboleta, que provocava perda de potência intermitente, e estalo na caixa de direção elétrica. Somados, custaram R$ 3 800 em peças e mão de obra, consumo que preocupa em um veículo ainda dentro do período que muita gente considera “quase zero”.

    “O motor 1.8 da Spin carrega a reputação de tanque de guerra, mas a eletrônica periférica dele já não conversa com a expectativa de zero manutenção do público atual”, analisa o engenheiro mecânico Fernando Ruiz, ex-GM Powertrain.

    • Ruído de tuchos aos 30 000 km – sem custo coberto na garantia.
    • Troca da junta da tampa de válvulas – R$ 450.
    • Correia dentada + tensor – R$ 1 100.
    • Corpo de borboleta – R$ 1 900.
    • Caixa de direção – reparo elétrico R$ 800.

    3. Consumo e custo total de propriedade: quando o etanol pesa no bolso

    Média real versus dados de catálogo

    No ciclo urbano puro, a Spin 2025 marcou 5,8 km/l com etanol e 8,9 km/l na gasolina. Na estrada, subiu para 8,4 km/l (E) e 12,1 km/l (G), longe dos 14,9 km/l anunciados pela Chevrolet. O apresentador destaca que rodar 70 % do tempo com ar-condicionado ligado e porta-malas carregado agrava o cenário, mas a defasagem ainda surpreende.

    Manutenções preventivas “puxadas”

    Além das revisões caras – a de 60 000 km saiu por R$ 2 260, valor que inclui somente fluídos e filtros –, existem peças de desgaste caro: cada disco de freio dianteiro custa R$ 420, e o jogo de pneus 195/65 R15 foi substituído aos 45 000 km por R$ 2 200. Somando combustível, depreciação de 23 % em três anos e seguro anual de R$ 3 500, o custo total de propriedade (CTP) bateu R$ 1,76/km, acima de concorrentes diretos como Citroën C3 Aircross ou Renault Stepway.

    Caixa de destaque #2 – Dicas para reduzir o CTP
    1. Agendar revisões em concessionárias parceiras de frotistas (habitualmente 10 % a 15 % mais baratas).
    2. Alternar etanol e gasolina para aproveitar sazonalidade de preços.
    3. Montar cotação por peça em três autopeças regionais antes de fechar negócio.
    4. Verificar descontos GM para Pessoas com Deficiência (PcD) também em peças de pós-venda.

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    4. Conforto, ergonomia e tecnologia: idade do projeto transparece

    Posição de dirigir e modularidade

    No vídeo, Wanderson é categórico: “Se tem algo que faz a Spin continuar no meu radar é o espaço”. A posição levemente elevada, bancos largos e a fileira central corrediça oferecem versatilidade que SUVs compactos não entregam. Ainda assim, falta ajuste de profundidade do volante, compromisso que cobra seu preço em viagens superiores a 400 km – dores lombares relatadas por dois ocupantes.

    Central multimídia MyLink e assistentes

    A geração 2025 traz tela de 8 pol com espelhamento Android Auto e Apple CarPlay sem fio, mas peca em processamento lento e falhas de conexão Bluetooth (quatro travamentos identificados no diário de bordo). Assistentes de segurança resumem-se a controle de estabilidade e câmera de ré. Ausência de ACC ou frenagem autônoma destaca o projeto veterano, sobretudo após 2023, quando concorrentes como o Citroën C3 Aircross adotaram pacote Safety.

    1. Espaço interno líder no segmento.
    2. Ausência de piloto automático adaptativo.
    3. Volante sem ajuste de profundidade.
    4. Sem saídas de ar traseiras.
    5. Bancos de tecido de fácil limpeza.
    6. Vidros elétricos um-toque só na frente.
    7. Porta-objetos abundantes, mas sem forração emborrachada.

    5. Comparativo direto: Spin 2025 versus rivais de sete lugares

    Item Chevrolet Spin Premier 2025 Citroën C3 Aircross Feel Pack 2024
    Motor 1.8 8v, 111 cv 1.0 Turbo, 130 cv
    Consumo estrada (G) 12,1 km/l 15,3 km/l
    Capacidade de porta-malas (7 l.) 162 litros 51 litros
    CTP médio em 3 anos R$ 1,76/km R$ 1,61/km
    Pacote ADAS Básico (ESC, HSA) Intermediário (Frenagem AEB, ACC opc.)
    Índice de depreciação 23 % 19 %
    Nota Reparabilidade CESVI 32 (regular) 28 (boa)

    Os números explicitam a vocação familiar da Spin no quesito bagagem, mas mostram como eficiência e tecnologia a deixaram para trás. Ainda assim, muitas famílias priorizam as viagens domésticas e encontram na minivan americana um porta-malas ainda imbatível.

    6. Durabilidade de interior e carroceria: a batalha contra o tempo

    Qualidade dos materiais

    Depois de 74 000 km, os plásticos do console central apresentam leves brilhos, mas sem descascamento – ponto favorável. Por outro lado, a moldura da manopla de câmbio automática criou folga perceptível aos 50 000 km, gerando ruído na buraqueira mineira. Na terceira fileira, encaixes laterais da estrutura dos bancos soltaram grampos, obrigando reparo de estofador por R$ 250.

    Corrosão e pintura

    A unidade testada é branca sólido, cor que costuma disfarçar arranhões. Wanderson, contudo, alerta para pontos de ferrugem em soldas do cofre do motor e na parte inferior do assoalho próximo ao tanque. São áreas sem proteção plástica, exigindo inspeção anual. Como bônus, o verniz manteve brilho satisfatório após polimento simples.

    • Lâmpadas de painel permaneceram intactas.
    • Borracha de porta traseira direita ressecou aos 40 000 km.
    • Cabo de abertura de capô endureceu, mas não quebrou.
    • Chave presencial continua responsiva (pilha trocada 2×).
    • Ruído de painel com temperatura abaixo de 12 °C.
    Caixa de destaque #3 – Check-list pré-compra (Spin usada)
    • Conferir folga de direção e estalos de suspensão.
    • Checar histórico de trocas de correia dentada.
    • Verificar infiltração no porta-malas (borracha traseira).
    • Escanear central eletrônica em oficina GM.
    • Avaliar integridade da junta da tampa de válvulas.

    7. Valor de revenda e perspectivas de mercado

    Índices FIPE e tendências

    O preço médio FIPE da Spin Premier 2025, em maio de 2024, está em R$ 117 500. Contudo, unidades com quilometragem próxima a 75 000 km vêm sendo anunciadas por R$ 102 000, evidenciando deságio de 13 %. A consultoria KBB projeta depreciação adicional de 8 % para os próximos 12 meses devido à chegada da plataforma GEM com motores turbo.

    Fatores que sustentam a liquidez

    A reputação de carro grande de baixo custo em relação a SUVs de sete lugares mantém público fiel, sobretudo motoristas de aplicativo premium, taxistas e famílias de classe média que priorizam custo de aquisição menor. No entanto, a falta de motor turbo e de sistemas ADAS robustos limita seu apelo frente a compradores mais conectados.

    FAQ – Perguntas mais frequentes

    1. A Spin 2025 ainda utiliza caixa automática de seis marchas GF6?

    Sim. O câmbio de origem GM/Allison passou por revisão de software em 2022, mas a base mecânica é a mesma. No teste, não apresentou falhas, porém trocou óleo em 50 000 km (R$ 650).

    2. É possível instalar terceira zona de ar-condicionado?

    Existem kits paralelos, mas a vazão se perde; recomendável apenas para profissionais especializados.

    3. Posso trocar a correia dentada por corrente após retífica?

    Não. O bloco F1 não comporta adaptação econômica; melhor seguir intervalos originais de 60 000 km.

    4. A Spin 2025 aceita conversão para GNV?

    Sim, porém exige emulador de sonda exclusivamente calibrado; perda de potência até 18 %.

    5. Há recalls pendentes para o modelo 2025?

    Até abril/24, não há campanhas abertas. Modelos 2023 tiveram chamado para tubulação de freio.

    6. Seguro é caro para mulheres ou jovens?

    Média nacional R$ 3 500; perfil feminino 30-45 anos obtém até 15 % de desconto em seguradoras online.

    7. Peças de reposição são fáceis de achar fora de capitais?

    Bucha de bandeja, filtros e pastilhas sim. Corpo de borboleta e módulo de ABS podem demorar até 20 dias.

    Conclusão

    Depois de 74 000 km, o teste de longa duração revela que a Spin 2025 entrega:

    • Pontos fortes: espaço interno líder, porta-malas de respeito, robustez estrutural, manutenção ainda generalista.
    • Pontos fracos: motor 1.8 defasado, consumo elevado, eletrônica periférica frágil e pacote de segurança simples.
    • Custo total: R$ 1,76/km, acima de rivais turbo.
    • Depreciação: 23 % em três anos, tendência de queda.

    Se a sua prioridade for transportar até sete pessoas com bagagem sem chegar perto dos R$ 200 000 cobrados pelos SUVs de grande porte, a Spin continua fazendo sentido. Todavia, esteja preparado para a manutenção mais frequente e para o apetite por combustível, sobretudo no etanol. Para quem roda muito em cidade ou valoriza tecnologia embarcada, vale testar alternativas mais modernas antes de fechar negócio.

    Gostou da análise? Assista ao vídeo completo, inscreva-se no canal Wanderson Luis Dicas Automotivas e compartilhe este artigo com aquele amigo que vive perguntando “qual carro de sete lugares eu compro?”. Informação salva bolso!

    Créditos: vídeo e dados técnicos retirados do canal Wanderson Luis Dicas Automotivas. Artigo desenvolvido por redator automotivo independente.

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