Três táxis autônomos da Waymo ficaram presos em uma rua sem saída no bairro de North Beach, em São Francisco, no último fim de semana, gerando um engarrafamento que chamou a atenção de moradores e repercutiu nas redes sociais.
Testemunhas registraram o momento em que dois dos veículos se tocaram levemente enquanto tentavam manobrar na via estreita e inclinada. Um terceiro carro, que descia a ladeira, também não conseguiu prosseguir, impedindo inclusive que um morador retirasse seu automóvel da garagem.
Com os faróis de emergência piscando, os robotáxis permaneceram imóveis até a chegada de um funcionário da Waymo, que assumiu o controle manual de um dos carros para liberar a passagem. A empresa classificou o incidente como “oportunidade de aprendizado” e confirmou que houve contato leve entre os veículos durante as manobras repetidas.
Histórico de falhas aumenta questionamentos
O episódio se soma a outros problemas recentes envolvendo a frota autônoma da companhia controlada pela Alphabet. Nos últimos meses, veículos da Waymo atropelaram animais, ignoraram sinais de ônibus escolares e realizaram conversões proibidas, situações que exigiram intervenção de autoridades de trânsito.
Dados de órgãos locais indicam que São Francisco concentra o maior número de incidentes relatados com carros autônomos nos Estados Unidos. Especialistas atribuem o índice às características da cidade, como ladeiras acentuadas, pistas estreitas e tráfego intenso, que funcionam como teste constante para os sistemas de direção sem motorista.
Imagem: estes e pelo universo automotivo
Expansão sob escrutínio
A Waymo recebeu recentemente autorização para aumentar sua frota na Califórnia, com permissão para trafegar em rodovias e acessar aeroportos. A empresa pretende operar sem motoristas de segurança em praticamente todo o estado.
Pesquisas acadêmicas mostram, no entanto, que boa parte dos moradores de regiões com alto volume de robotáxis continua desconfortável com a operação desses veículos. Após casos como o de North Beach, reguladores estaduais e federais enfrentam pressão crescente para estabelecer regras mais rígidas sobre responsabilidade civil e protocolos de interrupção imediata do serviço em situações de risco.
Com informações de carros.ig.com.br