A Stellantis definiu 2026 como ponto de virada para suas operações no Brasil. O grupo, que reúne Fiat, Jeep e Ram, prepara uma série de lançamentos nacionais com foco em eletrificação e modernização de portfólio, respondendo ao avanço de marcas chinesas no mercado local.
Substituto do Argo entra em cena
O destaque é o novo compacto da Fiat, projetado para assumir o lugar do Argo em 2026. Desenvolvido sobre a plataforma global CMP — a mesma de Citroën C3 e Peugeot 208 —, o hatch está em fase final de validação. Internamente chamado de Fiat Grande Panda, ele poderá resgatar o nome Uno quando chegar às concessionárias.
O modelo será produzido no país e contará com motores 1.0 aspirado e 1.0 turbo já fabricados localmente, reforçando o foco em eficiência e padronização industrial. A arquitetura também está preparada para futuras soluções eletrificadas, ampliando a competitividade do carro num segmento que ganhou rivais turbinados e híbridos de entrada.
Jeep Avenger será fabricado no Brasil
Outra novidade confirmada é a produção nacional do Jeep Avenger. O SUV compacto ficará abaixo do Renegade na gama da marca e utilizará a mesma base dos Peugeot 208 e 2008. A previsão é adotar o motor 1.0 turbo flex com câmbio CVT, além de possíveis versões com sistema híbrido-leve, em linha com a estratégia de eficiência da Stellantis para veículos menores.
Quatro híbridos sairão de Goiana
A fábrica de Goiana (PE) receberá quatro projetos híbridos inéditos em 2026. Apesar de os nomes ainda não terem sido divulgados, a lógica industrial indica participação de Fiat, Jeep e Ram.
Imagem: estes e pelo universo automotivo
A Fiat Toro desponta como candidata a ganhar sistema híbrido-leve de 48 volts associado ao motor 1.3 turbo, solução já usada em outros mercados pelo grupo. No mesmo pacote, ganham força versões eletrificadas de Jeep Renegade e Jeep Commander, que compartilham a linha de montagem pernambucana. A picape Ram Rampage também aparece como aposta dentro do programa de eletrificação da marca.
Com o conjunto de lançamentos previstos, a Stellantis reforça a ofensiva para manter participação de mercado e atender às novas exigências de eficiência e tecnologia impostas pelos concorrentes.
Com informações de carros.ig.com.br