E aí, galera, beleza pura? Vamos falar sobre um assunto que está pegando fogo: a possível mudança no combustível. Estamos falando de aumentar a adição de álcool anidro na gasolina, passando dos 27% aceitáveis hoje em dia. Atualmente, a norma varia entre 18 e 27%, mas é quase impossível encontrar um posto que use 18%. Isso não acontece porque não tem distribuidora fazendo isso. E por que será, hein? O álcool anidro, misturado à gasolina, tem um preço quase igual ao da gasolina.
Isso acontece porque o processo para chegar a um teor quase zero de água é complicado e caro. Então, se fosse para usar álcool não hidratado, ficaria mais caro do que abastecer com gasolina. E aí, o seu carro não renderia tanto a mais, e o custo seria alto. Por isso, o combustível que usamos tem seus 7% de água, quando não é adulterado.
Álcool como combustível: prós e contras
Agora, falando sobre o álcool como combustível, não tenho nada contra, muito pelo contrário. Acho que deveríamos ter mais incentivos para usar o álcool. Mas existem sistemas de injeção eletrônica que são limitados ao uso desse combustível, por não resistirem à sua química. Muitos defendem que o álcool não oxida, mas na prática, na oficina, a história é outra. Quando você tira a vela de um carro flex que usa etanol, ela sai oxidada, diferente de quando usa gasolina. E as válvulas de um motor que usa etanol como combustível? Enferrujadas, enquanto que com gasolina isso não acontece. Sim, a gasolina pode causar carbonização, mas na balança, na minha opinião, ela faz menos mal para o motor.
Etanol x Gasolina: Impacto no motor e no meio ambiente
Falando em impacto no motor, o etanol tem menor poder de lubrificação e é mais seco. Além disso, a temperatura do motor trabalha mais quente com etanol, para permitir uma boa queima do combustível. Alguns veículos flex têm controle eletrônico da válvula termostática que ajusta a temperatura de acordo com o combustível usado. E adivinha com qual dos dois ele tem que trabalhar mais quente? Com o etanol. E não vamos esquecer dos sistemas complexos de partida a frio, que são uma dor de cabeça e tanto.
Uma solução possível: E15 ou E20
Então, qual seria a solução ideal? Talvez um E15 ou E20, que é o álcool hidratado com um percentual de gasolina. A gasolina funcionaria como um aditivo, ajudando na lubricidade e na partida a frio, e diminuindo os efeitos negativos do etanol. Com isso, poderíamos ter um dos melhores combustíveis do mundo. E para incentivar as pessoas a escolher um combustível mais ecológico, nada melhor do que mexer nos impostos, oferecendo um preço convidativo na bomba.
Vai explodir tudo com a mudança no combustível?
Mas e aí, com todas essas mudanças, “vai explodir tudo”? Não, não vai explodir tudo, mas é preciso pensar bem nas consequências. Se aumentarmos demais o percentual de álcool na gasolina, quem sofre mais é o consumidor, principalmente o mais humilde. O poder calorífico do combustível diminui, e você acaba rodando menos quilômetros com o mesmo tanque. E se o preço não cair, você vai estar pagando mais para rodar menos. Isso sem falar nos possíveis danos ao motor. Então, antes de qualquer mudança, é preciso pensar em todas as variáveis e no impacto que isso terá na vida das pessoas e na saúde dos veículos.
Conclusão: O que esperar do futuro dos combustíveis?
Em resumo, a discussão sobre a mudança no combustível é quente e precisa ser feita com cuidado. Precisamos de incentivos para combustíveis mais ecológicos, mas sem esquecer da saúde dos motores e do bolso dos consumidores. O ideal seria encontrar um equilíbrio que beneficie a todos, sem “explodir” o orçamento ou os veículos. E aí, na rodinha de amigos ou no encontro do postinho, você já tem assunto para conversar e uma opinião formada sobre o futuro dos combustíveis. Um abraço e até mais!