Você é daquelas pessoas que usa o carro apenas para trajetos curtos? Levar os filhos na escola, ir à padaria ou percorrer poucos quilômetros até o trabalho? Se a sua resposta for sim, CUIDADO: você pode estar, sem saber, condenando o motor do seu veículo a uma morte lenta e cara.
Uma prática aparentemente inofensiva, realizada por milhões de motoristas todos os dias, é considerada uma das piores condições de uso para um carro, conhecida como “uso severo”. E o pior: ela não só causa um desgaste prematuro devastador, como também faz seu consumo de combustível disparar.
Entenda o perigo silencioso que pode estar acontecendo debaixo do seu capô agora mesmo.
Por que o “Anda e Para” é um Veneno para o seu Motor?
O grande vilão dessa história é a temperatura. Em trajetos curtos, o motor do carro não tem tempo suficiente para atingir sua temperatura ideal de funcionamento. E é aí que o desastre começa.
Quando o motor está frio, a queima do combustível não é perfeita. Uma pequena parte da gasolina ou etanol acaba não sendo queimada e escorre pelas paredes dos cilindros, indo parar diretamente no cárter. O resultado? O combustível contamina o óleo lubrificante.
Esse óleo, agora diluído e “batizado” com combustível, perde drasticamente sua capacidade de lubrificação. Em vez de proteger as peças vitais do motor, ele se transforma em um agente corrosivo, acelerando o desgaste de componentes caríssimos como pistões, anéis e bronzinas.

Seu Carro Gasta Mais Para se Destruir
Acha que acabou? O problema é ainda pior. Para compensar o motor frio, a central eletrônica do carro entende que precisa de uma mistura mais rica e injeta mais combustível do que o normal nos cilindros.
Isso cria um ciclo vicioso mortal:
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Você gasta mais combustível para rodar a mesma distância.
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Essa injeção extra de combustível aumenta ainda mais a contaminação do óleo.
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O óleo contaminado acelera o desgaste do motor.
Em outras palavras, seu carro está gastando mais para se autodestruir, e o seu bolso paga a conta duas vezes: na bomba e, futuramente, na oficina mecânica com um conserto que pode custar uma fortuna.
A Solução que Ninguém te Conta: Troque o Óleo Pela Metade do Prazo!
Se você se identifica com essa rotina de trajetos curtos, a recomendação dos especialistas é clara e urgente: corte o prazo de troca de óleo pela metade!
Não se apegue ao que diz o adesivo no para-brisa ou o manual do proprietário para condições “normais”. Se o prazo recomendado é de 10.000 km, troque com 5.000 km. Se for por tempo, de 12 meses, troque com 6 meses. Pode parecer um gasto extra, mas na verdade é uma economia gigantesca. O custo de algumas trocas de óleo a mais é insignificante perto do prejuízo de ter que retificar ou, no pior dos casos, trocar o motor inteiro do seu carro.