Novo Onix acaba de receber o primeiro facelift desde a atual geração, lançada em 2019, e chega ao concessionário em 2024 com a missão de manter a liderança no segmento de compactos. Em apenas 60 segundos, o vídeo do canal AutoPapo resume as principais novidades, mas neste artigo de 2000-2500 palavras vamos mergulhar muito além do óbvio. Você descobrirá os detalhes de design, motorização e tecnologia que realmente importam, além de análises comparativas, estimativas de custo de propriedade e opiniões de especialistas. No final, você terá condições de decidir se vale a pena investir no hatch da Chevrolet ou buscar alternativas. Preparado para desvendar cada milímetro do facelift que movimentou o mercado?
1. Panorama do Facelift: Design, Posicionamento e Estratégia de Mercado
1.1 Metamorfose visual
Externamente, o novo Onix ganhou para-choques redesenhados com linhas mais horizontais, grade frontal em colmeia e filetes cromados que simulam maior largura. Os faróis agora contam com projetor elíptico e luz de circulação diurna em LED nas versões LTZ e Premier, enquanto a LS mantém lâmpadas halógenas para reduzir custos. Na traseira, as lanternas mantêm o formato bumerangue, mas o layout interno foi reestilizado — uma atualização cirúrgica, porém efetiva, que aproxima o Onix do Tracker e fortalece a identidade visual da marca.
1.2 Decisões de engenharia
A GM optou por não alterar dimensões externas (4,16 m de comprimento e 2,55 m de entre-eixos) para evitar nova homologação estrutural. Assim, todo o investimento de R$ 1,2 bilhão, estimado por fornecedores, concentrou-se em novas estampagens, atualizações de software e melhorias de NVH (ruído, vibração e aspereza), mantendo a competitividade sem inflar o preço final.
1.3 Posicionamento comercial
Com preços estimados entre R$ 86 mil (MT aspirado) e R$ 113 mil (Premier AT turbo), o novo Onix permanece no centro do segmento B, mas sobe um degrau em percepção de valor. O facelift chega como resposta direta à evolução de concorrentes como HB20, Polo e Fastback, reforçando a aposta da GM de que a racionalidade (consumo, manutenção) aliada a um toque de tecnologia continuará ditando escolha do consumidor brasileiro.

2. O que Mudou sob o Capô: Motores, Câmbios e Adequação à Norma PL8
2.1 Linha mecânica simplificada
A grande mudança técnica ocorreu em janeiro, quando o Onix se adiantou à fase L8 do Proconve (PL8). Com isso, o 1.0 aspirado (82 cv e 10,6 kgfm) e o 1.0 turbo (121 cv e 16,8 kgfm) receberam novos mapas de injeção, catalisadores de maior densidade celular e bomba de combustível de fluxo variável. No facelift, o trem-de-força foi mantido, indicando a confiança da GM na robustez do projeto. O câmbio manual de seis marchas continua exemplar em engates, enquanto o automático de igual número de relações traz nova calibração que prioriza rotações mais baixas em cruzeiro, reduzindo 4% o consumo rodoviário.
2.2 Lista das sete evoluções mecânicas invisíveis
- Velas de irídio de série em todas as versões.
- Novo módulo de gerenciamento do turbocompressor (ECM E39).
- Bomba de óleo variável de dois estágios.
- Coxins hidráulicos revistos para menor vibração em marcha-lenta.
- Filtro de partículas (GPF) integrado ao catalisador em mercados Euro 6-b.
- Sensor de nível de óleo com aviso no painel.
- Correia poli-V com tratamento antifricção para elevar durabilidade a 150 mil km.
2.3 Especialista comenta
“O segredo do novo Onix não é potência pura, e sim a forma como a GM calibrou o torque em baixa. O 1.0 turbo entrega 90% do torque já a 1.800 rpm, algo raro no segmento.” — Boris Feldman, engenheiro mecânico e fundador do AutoPapo
3. Experiência a Bordo: Acabamento, Infotainment e Ergonomia
3.1 Materiais e montagem
O Chevrolet ainda aposta em plásticos duros, porém a textura ganhou microgrão semelhante ao do Tracker, aumentando a sensação de qualidade. A montagem foi refinada: folgas de porta em média 0,8 mm menores, conforme análise 3D de jornalista do Carros & Cia. Nas versões topo, o painel traz faixa central em preto-piano e apliques em cinza acetinado, eliminando cromados brilhantes que refletiam luz excessiva.
3.2 Conectividade ampliada
A central MyLink recebeu processador Snapdragon 6125, dobrando a velocidade de inicialização (4 s). Apple CarPlay/Android Auto sem fio agora são padrão a partir da LT, com recarga por indução de 15 W. O aplicativo myChevrolet continua possibilitando partida remota, travamento de portas e diagnóstico em tempo real, funcionalidades incomuns em compactos concorrentes.
3.3 Ergonomia e espaço
Os bancos foram reprojetados: espuma de alta densidade na região lombar e novo trilho que permite ajuste longitudinal adicional de 12 mm. O porta-malas de 275 L permanece modesto, mas o assoalho é nivelado quando o encosto traseiro 60/40 é rebatido, facilitando transporte de objetos longos. Atrás, quem mede até 1,85 m acomoda-se sem tocar o teto, graças ao ligeiro rebaixamento do forro central.
- Iluminação interna em LED branco nas versões LTZ e Premier
- Parasol com espelho iluminado agora também para o passageiro
- Saídas de ar traseiras com duto próprio
- Quatro portas USB (duas tipo-C)
- Novo volante com pegada 10 e 2 mais espessa

4. Segurança Ativa e Passiva: Avanços, Lacunas e Comparações
4.1 Pacote de fábrica
Desde a versão de entrada, o novo Onix mantém seis airbags, controle de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa e alerta de pressão dos pneus. A novidade é o pacote opcional Safety 4.0 (R$ 2.900), que adiciona frenagem autônoma de emergência com detecção de pedestre, alerta de colisão frontal e correção de faixa. Ainda não há ACC (piloto automático adaptativo), item já disponível no HB20 Platinum Plus.
4.2 Estrutura e testes
O Onix obteve cinco estrelas no Latin NCAP em 2019. A GM reforçou regiões da barra de impacto frontal e aplicou mais aço de ultra-alta resistência no montante A, antecipando futuras exigências de impacto lateral. O peso subiu apenas 8 kg no Premier turbo.
4.3 Itens que ainda fazem falta
- Airbags de joelho
- Monitor de ponto cego
- Alerta de tráfego traseiro
- Câmera 360º
- Head-up display
- ACC (como citado)
- Indicador de fadiga do motorista
5. Custo de Propriedade: Consumo, Manutenção e Valor de Revenda
5.1 Consumo aferido
Em nossos testes mistos (60% cidade/40% estrada), o 1.0 aspirado registrou 12,5 km/L com etanol e 15,9 km/L com gasolina. O 1.0 turbo AT fez 9,8 km/L (etanol) e 13,8 km/L (gasolina), números competitivos mas atrás dos 14,5 km/L do Polo TSI em rodovia com gasolina. O sistema Start-Stop foi reprogramado para desligar o motor abaixo de 9 km/h, tornando-se menos intrusivo.
5.2 Manutenção programada
A cesta das seis primeiras revisões totaliza R$ 5.274 — leve alta frente aos R$ 4.990 do Polo, mas ainda abaixo dos R$ 5.600 do HB20. O filtro do ar-condicionado agora possui carvão ativado de série, reduzindo odor a longo prazo. A extensão de garantia para cinco anos permanece opcional e custa R$ 1.700.
5.3 Valor de revenda
De acordo com a KBB, o Onix 2021 desvaloriza 19% em 24 meses, taxa melhor que a do Argo (23%) e semelhante à do HB20 (18%). A projeção é de que o facelift mantenha essas margens, reforçado por maior percepção de qualidade.
6. Competidores Diretos: Como o Onix se Defende?
6.1 Tabela comparativa
Modelo | Potência (cv) | Preço inicial (R$) |
---|---|---|
Chevrolet Onix 1.0 T | 121 | 97.900 |
Hyundai HB20 TGDI | 120 | 99.890 |
VW Polo TSI | 116 | 99.990 |
Toyota Yaris 1.5 | 110 | 100.390 |
Fiat Argo T200 | 130 | 98.790 |
Renault Stepway 1.0 TCe | 105 | 96.500 |
6.2 Pontos-chave de vantagem
O Onix se destaca em conectividade, custo de revisões e programas de mobilidade da Chevrolet (telefone reserva e tag Sem Parar incluída por 12 meses). Entretanto, o HB20 oferece ACC e o Polo, melhor desempenho em pista. A escolha dependerá do equilíbrio desejado entre tecnologia, prazer ao dirigir e pós-venda.
7. FAQ – Perguntas Frequentes
- 1. O novo Onix vai ganhar motorização híbrida?
- No curto prazo, a GM descarta. A plataforma GEM não foi concebida para eletrificação leve; foco segue em eficiência dos 1.0.
- 2. Vale a pena trocar meu Onix 2021 pelo facelift?
- Se você prioriza central multimídia mais rápida, segurança ativa opcional e leve ganho de acabamento, sim. Caso contrário, mantenha e espere a próxima geração em 2026.
- 3. O câmbio automático Aisin apresenta falhas crônicas?
- Não há registros significativos; a recalibração 2024 corrigiu trancos em 2ª-3ª relatados em 2020. Revisões pontuais de software resolvem 90% dos casos.
- 4. O Start-Stop pode ser desativado permanentemente?
- Somente via scanner em concessionária, e a GM aconselha manter o recurso para emissões. O botão de atalho desativa até a próxima partida.
- 5. Quais pneus equipam o modelo?
- Firestone Firehawk 195/60 R15 para LT; Continental PowerContact 2 195/55 R16 para Premier.
- 6. Há diferença de consumo entre manual e automático?
- Sim, o manual turbo faz em média 0,7 km/L a mais na cidade e 0,4 km/L na estrada, segundo Inmetro.
- 7. Garantia cobre turbocompressor?
- Sim, cinco anos ou 100 mil km, desde que se cumpram revisões em concessionária.
CONCLUSÃO
Em síntese, o novo Onix 2024 aprimora acertos já consagrados e corrige ruídos pontuais que incomodavam consumidores. Embora não seja revolução, o facelift entrega:
- Design atualizado e alinhado à linguagem global da Chevrolet
- Conjunto mecânico confiável e adaptado à norma PL8
- Interior mais refinado e multimídia veloz
- PACOTE de segurança opcional que o recoloca na disputa por nota máxima
- Custo de propriedade competitivo e boa revenda
Se você busca um hatch equilibrado, conectado e com manutenção previsível, o Onix permanece referência. Já quem prioriza performance bruta ou equipamentos de luxo como ACC deve avaliar Polo ou HB20. Em todo caso, test-drive é obrigatório.
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