A Nissan comunicou às concessionárias norte-americanas que deixará de ofertar o utilitário esportivo elétrico Ariya nos Estados Unidos a partir de 2026. O aviso, divulgado inicialmente pela Automotive News e confirmado por outras fontes, marca uma mudança significativa na estratégia elétrica da montadora japonesa.
Segundo a empresa, todos os recursos serão direcionados ao lançamento da nova geração do Leaf, prevista para chegar ao mercado norte-americano em 2026 com preço inicial de US$ 31.485, valor que deverá colocá-lo como o carro elétrico de menor custo à venda no país.
Estoque, suporte e garantia mantidos
O Ariya seguirá disponível enquanto houver unidades em estoque. A Nissan garante que proprietários continuarão recebendo assistência técnica, peças de reposição e cobertura de garantia normalmente. Ainda não há confirmação sobre um eventual retorno do modelo em 2027.
Dificuldades de mercado
Lançado há apenas três anos, o Ariya enfrentou demanda abaixo do esperado. Para atrair compradores, a marca recorreu a promoções agressivas, incluindo contratos de leasing a partir de US$ 99 por mês com entrada de pouco mais de US$ 3.000. A ausência de incentivos fiscais federais para o veículo, somada à tarifa de importação de 15 % aplicada a modelos fabricados no Japão, elevou os custos e reduziu a competitividade frente a rivais produzidos em solo norte-americano.
Reestruturação interna
A decisão ocorre em meio a um processo de reestruturação global. O novo CEO, Ivan Espinosa, que assumiu em abril de 2025, iniciou cortes de custos abrangendo desde mudanças na equipe de design até padronização de componentes. Um dia antes do anúncio sobre o Ariya, o chefe de vendas e marketing nos EUA, Vinay Shahani, foi dispensado, fato que alimentou especulações sobre os bastidores da medida.
Imagem: Internet
Nova aposta: Leaf 2026
Com produção limitada a 500 unidades por mês na fase inicial, o próximo Leaf será o foco da rede norte-americana enquanto a cadeia de suprimento de baterias se adapta à demanda. A expectativa da Nissan é retomar participação no segmento de elétricos com um produto de entrada mais acessível.
O redirecionamento de esforços evidencia a intenção da montadora de manter competitividade em um mercado de veículos elétricos que apresenta sinais de desaceleração.
Com informações de Notícias Automotivas