As vendas de veículos na Europa avançaram 5% em agosto, totalizando 790 mil unidades no mês. O impulso veio, principalmente, da procura por modelos eletrificados, segundo dados da consultoria Jato Dynamics.
Crescimento dos elétricos
Os carros 100% elétricos (BEVs) somaram 159.746 emplacamentos, alta de 27% em relação a agosto de 2024 e participação recorde de 20,2% do mercado europeu. Os híbridos plug-in (PHEVs) registraram 83.872 unidades, expansão de 59%, o que corresponde a 10,6% do total.
No acumulado de 2025, já foram vendidos 1,54 milhão de veículos elétricos no continente.
Avanço chinês
As fabricantes chinesas entregaram 43.529 carros em agosto, salto de 121% em um ano. O volume ultrapassou marcas tradicionais como Audi (41.300 unidades) e Renault (37.800), além de colocar pressão sobre a Tesla em algumas categorias.
Cerca de 84% das vendas chinesas se concentram em cinco marcas: MG, BYD, Jaecoo, Omoda e Leapmotor.
- MG vendeu mais que Tesla e Fiat.
- BYD superou Suzuki e Jeep.
- Jaecoo e Omoda deixaram Alfa Romeo e Mitsubishi para trás.
PHEVs também em alta
Os chineses ganharam terreno entre os híbridos plug-in, segmento que não enfrenta as mesmas barreiras tarifárias impostas pela União Europeia aos BEVs. Em agosto, foram mais de 11 mil PHEVs de marcas chinesas, contra 779 no mesmo mês de 2024. Modelos como BYD Seal U, Jaecoo J7 e MG HS já figuram entre os dez mais vendidos da categoria.

Imagem: Internet
Ranking geral ainda liderado por europeus
Apesar do avanço asiático, a lista dos automóveis mais emplacados do continente continua encabeçada por nomes conhecidos. O Volkswagen T-Roc liderou em agosto, seguido por Dacia Sandero e Toyota Yaris Cross. O Tesla Model Y segue como elétrico mais vendido, porém suas vendas recuaram 37% e o modelo não aparece entre os dez primeiros no geral.
Alerta de analistas
Felipe Munoz, analista da Jato Dynamics, observa que o crescimento de 27% dos BEVs em agosto pode estar inflado por fatores sazonais, como a desaceleração do mercado italiano durante o período de férias.
Mesmo assim, o aumento da aceitação dos consumidores europeus às marcas chinesas sinaliza um novo cenário competitivo para a indústria local.
Com informações de Notícias Automotivas