A Tesla encerrou o terceiro trimestre de 2025 com lucro líquido de US$ 1,4 bilhão, queda de 37% em relação aos US$ 2,2 bilhões registrados no mesmo período de 2024. O recuo foi atribuído principalmente aos cortes de preços dos principais modelos e à diminuição da receita com créditos de carbono.
Mesmo com a retração do resultado final, a receita total avançou 12% e atingiu US$ 28,1 bilhões, impulsionada pelo maior volume de entregas. Os modelos Model 3 e Model Y, que receberam descontos médios de US$ 5 mil, lideraram as vendas no trimestre.
Margem pressionada
Além dos preços mais baixos, a Tesla apontou juros reduzidos em financiamentos e tarifas sobre insumos importados como fatores que comprimiram as margens de lucro, apesar da produção concentrada nas fábricas da Califórnia e do Texas.
A receita proveniente da venda de créditos de carbono — comprados por outras montadoras para cumprir metas ambientais — caiu 44%, somando US$ 417 milhões entre julho e setembro.
Planos de veículos autônomos
Em teleconferência com investidores, o presidente-executivo Elon Musk afirmou que a empresa está próxima de lançar veículos totalmente autônomos, sem volante nem pedais. Segundo ele, robotáxis em Austin (Texas) deverão operar sem motoristas de segurança até o fim de 2025, e a produção do Cybercab, modelo igualmente autônomo, está prevista para meados de 2026.
Imagem: estes e pelo universo automotivo
Concorrência e mercado
A participação da Tesla no mercado norte-americano de carros elétricos recuou para 41%, ante 48% no ano anterior, em meio ao avanço de marcas americanas, europeias e, sobretudo, chinesas com preços mais competitivos.
Após a divulgação dos resultados, as ações da companhia caíram cerca de 1% em Wall Street. Analistas da CFRA Research alertaram para a discrepância entre a valorização de mercado — superior a US$ 1,4 trilhão — e a queda nos lucros. Para efeito de comparação, a General Motors lucrou US$ 1,3 bilhão no trimestre e é avaliada em cerca de US$ 64 bilhões.
Com informações de IG Carros