Investigação nos EUA aponta uso de airbags falsificados de origem chinesa em oficinas independentes

A Administração Nacional de Segurança no Trânsito dos Estados Unidos (NHTSA) apura pelo menos sete casos de falha de acionamento de airbags instalados em veículos reparados por oficinas independentes. Os dispositivos são atribuídos à empresa chinesa Jilin Province Detiannuo Safety Technology, que comercializa a marca DTN Airbag.

Mortes confirmadas

De acordo com a investigação, os infladores falsificados estariam relacionados a cinco mortes já confirmadas no país. Um dos casos envolve Destiny Byassee, 22 anos, mãe de dois filhos, que dirigia um Chevrolet Malibu 2020 usado. Ao colidir a cerca de 50 km/h, o airbag explodiu com força excessiva e lançou fragmentos metálicos, agravando o impacto.

Diferença de preço atrai oficinas

Relatório do Wall Street Journal indica que oficinas chegam a pagar cerca de US$ 100 por cada inflador falsificado, enquanto a peça original pode ultrapassar US$ 1.000. Visualmente, as unidades são quase idênticas às genuínas, o que dificulta a identificação mesmo por profissionais experientes.

Posicionamento das autoridades

O secretário de Transportes dos EUA, Sean Duffy, alertou que oficinas que adotam componentes falsificados põem vidas em risco e podem responder criminalmente. A NHTSA, por sua vez, publicou orientação para compradores de veículos usados: verificar histórico de acionamento dos airbags, recorrer a oficinas de confiança e confirmar a procedência das peças instaladas.

Resposta do fabricante

Em nota, a DTN Airbag afirmou não manter negócios com os Estados Unidos e declarou que seus produtos exigem testes rigorosos antes da instalação, tentativa que não afastou dúvidas sobre controle de qualidade e rastreabilidade.

Risco global

Especialistas destacam que o problema pode ultrapassar as fronteiras americanas. O aumento da importação on-line de componentes automotivos, especialmente da China, eleva a possibilidade de itens não certificados chegarem a outros mercados, incluindo o brasileiro. Consumidores são aconselhados a desconfiar de preços muito baixos, exigir nota fiscal e comprovar a origem das peças de segurança.

Com informações de Notícias Automotivas

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