Uma proposta explosiva está na mesa do presidente Lula e pode mudar para sempre a forma como os brasileiros tiram a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). O Ministro dos Transportes, Renan Filho, confirmou que o governo estuda tornar as aulas em autoescolas facultativas, uma medida que pode baratear o custo da CNH em até 80%, mas que acende um alerta MÁXIMO sobre a segurança no trânsito.
A proposta, que promete colocar um fim na obrigatoriedade dos Centros de Formação de Condutores (CFCs), está sendo vendida como uma forma de desburocratizar e reduzir o custo do processo, que hoje pode chegar a R$ 5 mil. No entanto, especialistas alertam: a economia pode custar vidas.
A “Fábrica de Aprovados” e o Falso Aprendizado
A polêmica não é nova. Há anos, o sistema de formação de condutores é alvo de críticas. Um ex-presidente da associação de autoescolas de São Paulo chegou a fazer uma declaração devastadora: “o professor finge que ensina, e o aluno finge que aprende.”
A verdade é que as autoescolas, em sua maioria, não ensinam a dirigir de verdade, com segurança e responsabilidade. Elas treinam os candidatos para uma única coisa: passar no exame do Detran. O resultado é uma legião de motoristas recém-habilitados que não sabem como reagir em situações de risco, como dirigir sob chuva, à noite ou em uma rodovia movimentada.
A Proposta do Governo: CNH Sem Aulas?
Pela nova regra em estudo, os candidatos à habilitação continuariam obrigados a passar nos exames teórico e prático. A grande mudança é que eles poderiam aprender a dirigir por conta própria, sem a necessidade de frequentar as aulas no CFC.
O argumento é o custo. Segundo o ministro, a medida poderia reduzir drasticamente o valor para tirar a CNH. Mas a que preço?

O Alerta dos Especialistas: Um Retrocesso Inexplicável
A proposta foi recebida com extrema preocupação por especialistas em segurança viária. O Brasil já enfrenta uma epidemia de acidentes de trânsito, com cerca de 40 mil mortes por ano. Dados oficiais são alarmantes: a falha humana é responsável por 90% das mortes e lesões graves em acidentes nas rodovias federais.
Eliminar a única estrutura formal de ensino para novos motoristas, por mais deficiente que seja, é visto como um “retrocesso inexplicável”. Paulo Guimarães, CEO do Observatório Nacional de Segurança Viária, foi enfático: “Não podemos jogar a toalha”. Ele argumenta que a solução não é acabar com as autoescolas, mas sim aperfeiçoar o sistema.
O Verdadeiro Problema: Interesses Políticos e Lobbies
A discussão sobre a modernização do ensino não é nova. No passado, tentou-se implementar o uso obrigatório de simuladores para expor os alunos a situações de risco em ambiente seguro. No entanto, a medida foi cancelada após forte pressão de lobbies mercadológicos e interesses políticos, que emperram qualquer avanço real na formação de condutores.
A nova proposta, em vez de enfrentar esses lobbies e melhorar a qualidade do ensino, simplesmente joga o problema para debaixo do tapete, arriscando aumentar ainda mais o número de tragédias nas ruas e estradas do país.
A questão que fica é: vale a pena economizar na formação de motoristas em um dos países com o trânsito mais violento do mundo?
E você, o que acha? É a favor do fim da obrigatoriedade das autoescolas ou acredita que isso trará mais perigo para o trânsito? Deixe seu comentário!