Ford Fiesta: trajetória de 24 anos no Brasil, das primeiras importações ao fim da produção

A história do Ford Fiesta no Brasil começou em 1995, quando o hatch compacto desembarcou importado da Espanha. No ano seguinte, ganhou produção nacional e permaneceu nas linhas de montagem até 2019, acumulando 1,8 milhão de unidades fabricadas no país. No mundo, a marca contabiliza mais de 17 milhões de exemplares.

Origem europeia e chegada ao mercado brasileiro (1976-1995)

Lançado na Europa em 1976 após o Projeto Bobcat, o Fiesta foi concebido para ser acessível e eficiente. Henry Ford II escolheu o nome e, em pouco tempo, o modelo consolidou-se no Velho Continente. A terceira geração global, equipada com motores Endura-E, foi a primeira a ser vendida no Brasil, ainda como importada, posicionada para preencher a lacuna de compactos da marca.

Geração BE91 (1996-2002): nacionalização e novos motores

Em 1996, a produção começou em São Bernardo do Campo (SP). O hatch passou a oferecer três motores ao longo do ciclo: Endura-E 1.0/1.3 e Zetec-SE 1.4, todos ligados ao câmbio IB5 fabricado em Taubaté (SP). No fim de 1999, já como linha 2000, chegou a família Zetec Rocam, que simplificou a construção e abriu caminho para a geração seguinte.

Geração BV256 (2002-2013): era Rocam e pico de vendas

Totalmente redesenhado dentro do conceito New Edge, o projeto BV256 inaugurou a fábrica de Camaçari (BA). A gama trazia motores 1.0 e 1.6 Rocam e, por breve período, o 1.0 Supercharger com compressor tipo Roots. Suspensão elogiada, interior mais ergonômico e ampla oferta de versões transformaram o Fiesta no compacto mais vendido da marca no país.

New Fiesta (2010-2019): sofisticação, nacionalização e despedida

Apresentado em 2010, o New Fiesta chegou primeiro do México e, a partir de 2013, passou a ser montado novamente em São Bernardo do Campo. O modelo adicionou itens como direção elétrica, controle de estabilidade e até sete airbags em algumas configurações. A linha ofereceu motores Sigma 1.5/1.6 flex e uma série limitada com o 1.0 EcoBoost. A transmissão de dupla embreagem Powershift elevou o conforto, mas motivou reclamações de falhas e alto custo de reparo. Em fevereiro de 2019, o fechamento da planta paulista encerrou a produção.

Versões derivadas: sedã, Courier e séries especiais

O sedã acompanhou grande parte do ciclo brasileiro e tornou-se opção frequente para frotas e famílias. Já a picape Courier, lançada em 1997 para substituir a Pampa, permaneceu em produção até 2013, destacando-se pela robustez e pela caçamba ampla. Ao longo dos anos, o Fiesta recebeu séries especiais e pacotes visuais voltados a nichos específicos de consumidores.

Legado no mercado nacional

O compacto contribuiu para elevar o patamar de segurança e conectividade entre os hatches vendidos no país, difundindo tecnologias como controle de estabilidade e centrais multimídia com comando de voz em português. Na engenharia, impulsionou a modernização das plantas de Camaçari e Taubaté, além de consolidar as famílias de motores Rocam e Sigma.

Mesmo fora de linha, o modelo mantém boa procura no mercado de usados, em especial nas versões 1.6 Sigma manuais e nos exemplares com pacote completo de segurança. Unidades equipadas com o câmbio Powershift tendem a exigir histórico de manutenção detalhado.

Com informações de iG Carros

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

toto macau situs toto situs slot situs slot desabet desabet desabet desabet situs slot situs slot situs togel situs toto toto macau situs toto situs toto situs toto situs toto punktoto situs toto KUDAHOKI KUDAHOKI toto macau toto macau situs toto jambitoto situs toto gerhanatoto kudahoki gerhanatoto desabet desabet desabet desabet desabet desabet desabet sahamtoto balislot wargatoto desabet desabet wargahoki situs toto desabet bugistoto desabet desabet desabet slot gacor situs toto situs toto slot depo 5k slot gacor slot gacor slot gacor