Fiat Punto: a trajetória de dez anos do compacto premium da Fiat no Brasil

Lançado em agosto de 2007 e produzido em Betim (MG), o Fiat Punto inaugurou o conceito de “compacto premium” da marca no País. Com desenho assinado pelo italiano Giorgetto Giugiaro, interior mais elaborado que o do Palio e oferta farta de equipamentos, o hatch permaneceu nas concessionárias até 2017, quando cedeu espaço ao Argo.

Primeira fase (2007-2009)

Apresentado como linha 2008, o Punto chegou ao mercado posicionado entre Palio e Stilo. Embora compartilhasse a carroceria do Grande Punto europeu, utilizava uma plataforma adaptada com componentes de Palio, Idea e Stilo, adequados às condições brasileiras. À época, estava disponível com motores Fire 1.4 8V de até 85/86 cv e 1.8 8V de origem GM com 115 cv, ambos ligados ao câmbio manual de cinco marchas.

Versões básicas, ELX 1.4, HLX e Sporting 1.8 cobriam uma faixa ampla de preços. Itens como teto solar panorâmico Skydome, até seis airbags, freios ABS, controle de estabilidade em determinadas configurações e o sistema multimídia Blue&Me — desenvolvido com a Microsoft — reforçavam seu caráter sofisticado. Em 2008, o modelo emplacava média de 3,7 mil unidades por mês, somando 18.815 vendas entre janeiro e maio.

Segunda fase (2010-2012)

A linha 2010 trouxe os propulsores E.torQ 1.6 16V (117 cv) e 1.8 16V (132 cv), fabricados no Paraná, substituindo o 1.8 GM. Nas versões de maior cilindrada, entrou em cena o câmbio automatizado Dualogic.

Lançada em 2009, a variante T-Jet tornou-se destaque: motor 1.4 16V turbocom gasolina, 152 cv e 21,1 kgfm, sempre com transmissão manual de cinco marchas. Acelerava de 0 a 100 km/h em cerca de 8,6 s e trazia para-choques exclusivos, rodas maiores, suspensão recalibrada, dupla saída de escape e interior com bancos esportivos. Entre agosto de 2012 e abril de 2013, o Punto registrava média de 4,3 mil unidades mensais, avanço de 65% em relação à geração anterior.

Terceira fase (2012-2017)

A única grande reestilização ocorreu na linha 2013, apresentada em 2012. O hatch adotou visual inspirado no Punto Evo europeu, com novos para-choques, grade remodelada, faróis e lanternas com leds, além de painel revisto e materiais de melhor qualidade.

A gama passou a contar com Attractive 1.4, Essence 1.6, Sporting 1.8 e T-Jet 1.4 turbo; nas versões aspiradas, havia opção pelo Dualogic. O reposicionamento enfrentava rivais recém-chegados, como Chevrolet Onix e Hyundai HB20. Entretanto, o avanço dos SUVs compactos fez as vendas encolherem: em 2016 foram 7.709 unidades, menos da metade do volume de 2013, quando ultrapassou 40 mil emplacamentos.

Para 2017, Sporting e T-Jet saíram de cena, restando Attractive, Essence e Blackmotion. No mesmo ano, a produção foi encerrada para dar lugar ao Argo. Unidades remanescentes ainda apareceram nos catálogos até 2018.

Legado

Mesmo sem alcançar os números de Palio ou Uno, o Punto elevou o padrão de acabamento entre os compactos da Fiat, introduzindo recursos como teto panorâmico, vidros laterais laminados e sistemas de conectividade inéditos na linha. A versão T-Jet, por sua vez, ganhou status de referência entre entusiastas e começa a ser vista como futura colecionável.

Com a missão cumprida de abrir caminho para uma oferta mais sofisticada de hatches, o Punto serviu de ponte entre a geração do Palio, nos anos 1990, e os atuais Argo e Cronos.

Com informações de IG Carros

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