Quando se trata de cuidar do seu veículo, a confiança no seu mecânico é essencial. No entanto, há práticas e recomendações que podem não apenas prejudicar o desempenho do seu carro, mas também causar danos a longo prazo. Uma dessas práticas é a mudança da viscosidade do óleo do motor, especialmente quando o veículo ultrapassa a marca de 100.000 km. Muitos motoristas são aconselhados a engrossar o óleo sob a premissa de que o motor “está cansado” e precisa de um óleo mais viscoso para compensar as folgas. Mas será que essa é realmente uma boa ideia?
A Verdade Sobre a Viscosidade do Óleo e o Desgaste do Motor
Contrariando o que alguns mecânicos podem sugerir, alterar a viscosidade do óleo do seu carro para uma mais grossa após ele atingir uma alta quilometragem pode não ser a melhor opção. De fato, essa prática pode acabar por destruir o motor e aumentar o consumo de combustível. O óleo com a viscosidade original, especificada pelo fabricante, é o mais adequado para garantir a lubrificação correta e eficiente do motor. Mudanças na viscosidade podem afetar o fluxo do óleo, a pressão e até mesmo a capacidade de formar uma película protetora entre as peças, o que é vital para evitar o desgaste.
Por Que Manter a Viscosidade Original?
Manter a viscosidade original do óleo é crucial para a saúde do seu motor. Os fabricantes de veículos realizam extensos testes para determinar qual a viscosidade mais adequada para cada modelo. Ao utilizar o óleo com a viscosidade recomendada, você garante que o motor opere dentro das condições ideais, mantendo o desempenho e a eficiência energética. Além disso, óleos com viscosidades diferentes da recomendada podem causar vazamentos e ruídos indesejados, além de potencialmente aumentar o consumo de combustível devido à maior resistência interna do motor.
Experiência Prática: Retornando à Viscosidade Original
Em uma experiência prática, foi demonstrado que retornar à viscosidade original do óleo, mesmo após o veículo ter rodado com um óleo mais viscoso por um longo período, pode trazer benefícios significativos. Um Corsa com 179.000 km que estava utilizando um óleo 15W-40 foi revertido para o óleo 5W-30 original. Após a mudança, não foram observados vazamentos ou ruídos anormais, e o veículo apresentou um funcionamento perfeito. Isso reforça a ideia de que a viscosidade original é a mais adequada para o motor, mesmo após uma alta quilometragem.
Atenção aos Sinais de Alerta
Se você decidiu voltar à viscosidade original do óleo e notar algum barulho ou vazamento que não existia anteriormente, é importante investigar e solucionar esses problemas. Vazamentos podem ser causados por vedações desgastadas e devem ser consertados. Ruídos podem indicar desgaste em componentes internos do motor, e a solução pode envolver uma manutenção mais aprofundada. No entanto, não é recomendado simplesmente voltar a um óleo mais viscoso como solução paliativa, pois isso pode mascarar problemas e levar a danos maiores no futuro.
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Conclusão: Confie na Especificação do Fabricante
Em suma, a recomendação de engrossar o óleo do motor após o veículo atingir uma alta quilometragem não é apenas infundada, mas também pode ser prejudicial. A especificação do fabricante existe por um motivo e deve ser seguida para garantir a longevidade e o bom funcionamento do seu carro. Portanto, se o seu mecânico sugerir essa mudança, pense duas vezes e considere os riscos. A melhor prática é manter a viscosidade do óleo conforme indicado no manual do proprietário, assegurando assim o melhor cuidado para o seu motor e evitando o risco de destruir o motor e aumentar o consumo de combustível.