A Transport for London (TfL) divulgou que 145 representações diplomáticas devem, juntas, US$ 217,4 milhões (cerca de R$ 1,05 bilhão) em taxas de congestionamento não pagas desde 2003, quando o pedágio para circular no centro da capital britânica entrou em vigor.
O maior devedor é os Estados Unidos, cuja embaixada acumula US$ 21,1 milhões. Na segunda posição aparece o Japão, com US$ 14,5 milhões. Ao todo, o Reino Unido reconhece 195 países com representação diplomática, o que significa que apenas 50 mantêm os pagamentos em dia.
Como funciona a cobrança
A taxa londrina é de 15 libras esterlinas por dia útil (aproximadamente US$ 20) para veículos que circulam na área tarifada entre 7h e 18h. Aos fins de semana, a cobrança é aplicada a partir do meio-dia. A única pausa ocorre entre o Natal e o Ano-Novo.
Apesar da Convenção de Viena isentar diplomatas de impostos, a TfL argumenta que a taxa não é tributo, mas pagamento por um serviço — o direito de trafegar em uma das zonas urbanas mais movimentadas do mundo. Diversas embaixadas contestam essa interpretação e, por isso, não efetuam o recolhimento.
Situação diferente em Nova York
Enquanto Londres cobra o pedágio de todos os veículos, Nova York optou por isentar diplomatas quando iniciou seu próprio sistema de congestionamento. Segundo o jornal The Guardian, delegações estrangeiras já somam US$ 15,7 milhões em multas de estacionamento na cidade e a prefeitura preferiu evitar nova disputa ao incluir a tarifa urbana.

Imagem: Internet
Mesmo com a isenção diplomática, a Autoridade Metropolitana de Transportes (MTA) prevê arrecadar US$ 500 milhões em 2023 com o novo pedágio, recursos que devem ser direcionados ao transporte público. Relatório da Regional Plan Association indica queda no fluxo de veículos dentro e fora da zona tarifada, com exceção de Staten Island.
Por enquanto, a capital britânica mantém a cobrança para todas as placas diplomáticas e segue tentando receber os valores em aberto.
Com informações de Notícias Automotivas