O Citroën Xsara chegou ao Brasil em 1998, importado da Europa, como aposta da marca para enfrentar modelos médios consolidados, como Volkswagen Golf, Chevrolet Astra e Ford Focus. Com desenho diferente dos rivais alemães, boa lista de equipamentos e variações esportivas, o hatch ajudou a firmar a presença da Citroën no mercado nacional.
Primeira fase (1998-2000): chegada e variedade de carrocerias
Logo na estreia, o Xsara oferecia versões hatch de cinco portas e cupê de duas portas, algo incomum no segmento. Pouco depois, passou a contar também com a perua Break, voltada a famílias. A gama de motores incluía o 1.6 16V de 110 cv, o 1.8 8V de 98 cv e o 2.0 16V de 137 cv, todos ligados ao câmbio manual de cinco marchas. Suspensão macia e equipamentos como airbags frontais, ar-condicionado e direção hidráulica destacavam versões GLX e Exclusive.
Reestilização (2000-2003): melhorias visuais e mais segurança
Em 2000, o modelo passou pelo primeiro facelift global, adotando novos para-choques, grade redesenhada, faróis e lanternas atualizados. Por dentro, recebeu ajustes de acabamento e ergonomia. Dependendo da configuração, ganhou freios ABS e airbags extras, itens ainda raros entre os médios vendidos no país no início dos anos 2000.
Xsara VTS (2001-2003): foco nos entusiastas
A versão VTS marcou o auge esportivo da linha no Brasil. Equipado com motor 2.0 16V de até 167 cv, o hatch trazia suspensão mais firme, rodas exclusivas, bancos esportivos e calibração de chassi voltada ao desempenho, mantendo a boa reputação dinâmica compartilhada com o Peugeot 306.
Influência do WRC (2004-2006): vitórias que refletiram na imagem
Enquanto a produção seguia, o Xsara ganhou projeção internacional graças ao Xsara WRC. Entre 2004 e 2006, o carro de rali conquistou títulos consecutivos de construtores e pilotos, com Sébastien Loeb, reforçando a percepção esportiva da Citroën também nas concessionárias brasileiras.
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Despedida e sucessor (2004-2006): transição para o C4
Com a chegada de projetos mais modernos, o Xsara foi gradualmente perdendo espaço. Em 2006, saiu de linha globalmente e deu lugar ao Citroën C4. No mercado brasileiro, o modelo deixou como legado uma base fiel de admiradores e contribuiu para a consolidação da marca, fator importante para a inauguração da fábrica de Porto Real (RJ) em 2001, onde o monovolume Xsara Picasso passou a ser produzido.
Do lançamento à despedida, o Citroën Xsara marcou presença entre os médios mais vendidos, oferecendo combinação de conforto, boa dinâmica e personalidade própria, elementos que o tornaram referência para a marca nos anos 2000.
Com informações de Universo Online (iG Carros)