China exigirá licença para exportação de carros elétricos a partir de 2025

O Ministério do Comércio da China informou, nesta sexta-feira, que a exportação de veículos elétricos (EVs) passará a exigir licenças específicas a partir de 2025. A exigência, já aplicada a modelos a gasolina e híbridos, agora alcança também os elétricos.

Pelas novas regras, apenas montadoras devidamente registradas e empresas autorizadas por elas poderão solicitar o documento de exportação. A decisão pretende barrar intermediários que enviam automóveis para o exterior sem rede de pós-venda ou garantia, prática que tem comprometido a reputação das marcas chinesas em outros mercados.

Objetivo é proteger a imagem das montadoras

Wu Songquan, diretor do China Automotive Technology and Research Center, explicou que a ausência de assistência técnica no exterior gera má experiência para os consumidores e pressiona os preços, reduzindo as margens de lucro das fabricantes legítimas. Ele defendeu que os produtores chineses adotem padrões rígidos, semelhantes aos praticados por marcas globais consolidadas.

Exportações paralelas cresceram desde 2019

Desde 2019, milhares de empresas passaram a despachar veículos zero-quilômetro como se fossem usados, manobra estimulada por governos locais para absorver o excedente de oferta interna e inflar o PIB provincial. Executivos do setor pediram intervenção. Em junho, Zhu Huarong, presidente da estatal Changan, classificou as exportações desreguladas como ameaça “colossal” à imagem da indústria chinesa.

Número de EVs enviados ao exterior disparou

Em 2023, a China exportou 1,65 milhão de carros elétricos — quase o dobro do volume de 2022. Embora o crescimento em quantidade seja expressivo, autoridades e especialistas apontam falhas de controle de qualidade e suporte em países que ainda não dispõem de infraestrutura adequada para esses veículos.

Com a introdução das licenças, Pequim sinaliza que pretende priorizar qualidade e sustentabilidade nas vendas externas, evitando práticas oportunistas que coloquem em risco o avanço global dos automóveis chineses.

Com informações de Notícias Automotivas

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