CEO da Lyft prevê motoristas como “anfitriões” em veículos autônomos

Motoristas não devem desaparecer com a chegada dos carros que dirigem sozinhos, segundo o diretor-executivo da Lyft, David Risher. Em entrevista ao site norte-americano The Verge, o executivo afirmou que, no futuro, condutores serão transformados em “bartenders” ou anfitriões, oferecendo bebidas, ajuda com bagagem e conversa aos passageiros.

Serviço híbrido

De acordo com Risher, a empresa pretende manter um “toque humano” mesmo em um cenário dominado pela inteligência artificial. “As pessoas ainda vão querer ser atendidas por alguém”, declarou. A estratégia, segundo ele, é unir veículos autônomos à presença de funcionários capazes de tornar a viagem mais confortável e personalizada.

O comentário surgiu durante debate sobre como evitar que aplicativos de transporte se tornem meras commodities em um mercado controlado por algoritmos – o chamado “problema DoorDash”. Para o CEO, companhias que conservarem relações pessoais com usuários ganharão vantagem competitiva sobre serviços totalmente robotizados.

Concorrência acelera projetos sem condutor

Enquanto a Lyft investe em um modelo combinado, outras empresas avançam rumo à autonomia total. A Stellantis firmou parceria global com Uber, Nvidia e Foxconn para desenvolver veículos de Nível 4, capazes de circular sem intervenção humana. Os primeiros testes comerciais estão previstos para acontecer até 2028, com operação 24 horas por dia.

A Uber, por sua vez, afirma estar pronta para lançar robotáxis no Reino Unido, mas enfrenta obstáculos regulatórios. A legislação britânica ainda exige a presença de um condutor de segurança, e a nova regra que permitiria circulação totalmente autônoma passou de 2026 para 2027 após mudança de governo.

Novas funções para antigos motoristas

Risher garantiu que a Lyft continuará a buscar a “maior remuneração possível” para motoristas e a desenvolver ferramentas de inteligência artificial que otimizem rotas e ganhos. Entre as novas oportunidades citadas estão a administração de frotas de carros autônomos, atendimento ao cliente e serviços de luxo personalizados.

“O transporte do futuro ainda dependerá de pessoas”, reforçou o executivo, destacando que empatia e atendimento humano continuam fora do alcance dos algoritmos – ao menos por enquanto.

Com informações de iG Carros

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