A guerra dos carros híbridos no Brasil está pegando fogo, e uma informação exclusiva promete abalar o mercado e deixar os fãs da Honda em alerta. Enquanto a Toyota avança a passos largos com seus modelos eletrificados, a Honda parece ter uma estratégia mais lenta, que pode custar caro na briga contra sua maior rival.
A Disparada da Toyota
Não é segredo para ninguém que a Toyota saiu na frente. Com o sucesso estrondoso das versões híbridas flex do Corolla e Corolla Cross, a marca já domina o segmento de eletrificados acessíveis no Brasil. E não para por aí: a gigante japonesa já confirmou a chegada do Yaris Cross híbrido ainda este ano, prometendo popularizar ainda mais a tecnologia.
Enquanto isso, a Honda até oferece excelentes carros híbridos, como o Civic, o CR-V e o Accord. O problema? Todos são importados e partem de uma faixa de preço muito elevada, começando em torno de R$ 250 mil, o que os torna inacessíveis para a grande maioria dos consumidores.
O Balde de Água Fria da Honda
A pergunta que todos se fazem é: quando a Honda vai reagir e lançar seus próprios híbridos nacionais e mais baratos? A resposta, obtida com exclusividade, pode ser decepcionante: vai demorar, e muito.
A estratégia da Honda é esperar a próxima geração do HR-V e da família City para finalmente introduzir a fabricação nacional de seus carros híbridos.

Por que só em 2027?
A matemática é simples e preocupante. O Honda HR-V e o City atuais foram lançados há apenas dois ou três anos e acabaram de passar por seu “facelift de meia-vida”. Isso significa que eles estão na metade de seu ciclo de mercado.
Com isso, uma geração totalmente nova só deve chegar por volta de 2027, ou até 2028. Até lá, a Toyota e outras marcas, como as chinesas BYD e GWM, terão tido anos para consolidar suas posições no mercado de híbridos.
A decisão da Honda de não investir na hibridização da geração atual e esperar pelo fim do ciclo dos modelos atuais pode deixar a marca perigosamente para trás na corrida pela eletrificação.
A Tecnologia que Ficará na “Geladeira”
O mais irônico é que a tecnologia da Honda, chamada e:HEV, é excelente. O sistema prioriza o motor elétrico para mover o carro, usando o motor a combustão 1.5 aspirado (o mesmo que equipará os futuros híbridos nacionais) principalmente como um gerador de energia. O resultado é um consumo impressionante, que pode superar os 20 km/l.
Isso também indica um provável fim para o motor 1.5 turbo no HR-V na próxima geração, que deve ser totalmente substituído pela eficiência do conjunto híbrido.
A notícia é boa por confirmar que os híbridos nacionais virão, mas a longa espera pode ser um erro estratégico fatal na acirrada disputa pelo consumidor brasileiro. Será que a Honda está deixando o caminho livre para a concorrência? O tempo dirá.