Anfavea propõe imposto seletivo para automóveis com teto de 5%

A proximidade do fim do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos, previsto para janeiro de 2027 dentro da reforma tributária, mantém o setor automobilístico em dúvida sobre a forma de tributação que será adotada no futuro. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) defende que o novo imposto seletivo tenha alíquota máxima de 5%.

Incerteza sobre a carga tributária

No Brasil, a soma de tributos federal, estadual e municipal sobre automóveis já figura entre as mais elevadas do mundo entre nações com produção relevante. O presidente da Anfavea, Igor Calvet, teme que a implementação do imposto seletivo resulte em aumento da carga total, o que, segundo ele, não constava da proposta original do governo.

Calvet destaca que, além dos custos adicionais ligados a novas exigências de segurança e de meio ambiente, qualquer elevação de alíquotas dificultaria o processo de recuperação das vendas projetado apenas para o fim da década.

Teto de 5% sugerido pela entidade

Para evitar esse cenário, a Anfavea sugere que a alíquota do imposto seletivo seja limitada a 5%. A entidade argumenta que uma cobrança acima desse percentual comprometeria a competitividade da indústria nacional.

Programa Mover ainda sem regulamentação completa

O governo federal ainda precisa concluir a regulamentação do programa Mover, que substituirá o IPI Verde e servirá de base para o novo imposto seletivo. Segundo o secretário do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Ualace Lima, faltam seis portarias a serem publicadas até dezembro. A demora reforça a preocupação do setor com a falta de definições.

Semana Nacional do Trânsito enfatiza segurança

Entre 18 e 25 de setembro ocorre a Semana Nacional do Trânsito, que tem como data central o dia 25, aniversário do Código de Trânsito Brasileiro, promulgado em 1997. A campanha institucional deste ano destaca que uma colisão a 60 km/h libera energia equivalente à queda de 15 metros — altura aproximada de um prédio de cinco andares — e reforça o respeito aos limites de velocidade.

Tecnologias para reduzir acidentes

Dois estudos internacionais trouxeram soluções voltadas à segurança veicular:

  • Na Coreia do Sul, a Samsung desenvolveu o sistema R-AEB, de frenagem autônoma de emergência em marcha à ré. Levantamento com 174.332 veículos apontou redução de 44,7% em atropelamentos ao dar ré quando o recurso estava presente.
  • Na Áustria, pesquisadores da Universidade de Graz avaliaram 200 acidentes em cruzamentos e concluíram que uma luz de freio adicional, na cor verde, instalada na dianteira dos veículos poderia evitar até 17% das colisões. Em 25% dos casos analisados, o dispositivo teria diminuído a velocidade de impacto, reduzindo gravidade de lesões.

BYD Song Plus 2026 ganha interior de melhor acabamento

O utilitário esportivo híbrido plug-in passou por atualização de estilo, igualando a dianteira à versão Premium. Entre as novidades, há faróis em LED, quadro de instrumentos de 12,3 polegadas e tela multimídia giratória de 15,6 polegadas. O modelo mede 4.775 mm de comprimento, 1.890 mm de largura, 1.670 mm de altura e 2.765 mm de entre-eixos, com porta-malas de 552 litros.

O trem de força combina motor 1.5 a gasolina de 98 cv e 13,8 kgfm a um propulsor elétrico de 197 cv e 30,6 kgfm, resultando em potência total de 236 cv e torque de 40,1 kgfm. De 0 a 100 km/h, a fábrica declara 7,9 segundos; em teste, o tempo foi de 8,3 segundos. O consumo anunciado é de 18,8 km/l no ciclo urbano e 15,4 km/l no rodoviário. Com bateria de 18,3 kWh, a autonomia chega a 1.071 km em uso urbano e 877 km em rodovias. Preço: R$ 249.990.

SAE Brasil defende transição energética compatível com a realidade nacional

A SAE Brasil divulgou manifesto destacando que metas de emissões zero de CO2 previstas pela União Europeia para veículos novos em dez anos terão impacto global. A entidade apoia uma transição energética baseada em critérios técnicos regionais, valorizando soluções dominadas no país, como motores flex, etanol, biodiesel e sistemas híbridos. Para a associação, considerar todo o ciclo de vida do combustível — do poço à roda — é fundamental para alcançar resultados ambientais, sociais e econômicos sustentáveis.

Com informações de Notícias Automotivas

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