O Puma GTE 1977 é um dos esportivos nacionais mais icônicos e fascinantes da história automotiva brasileira. Este artigo detalha a avaliação completa deste clássico, destacando suas características, motorização, design e a curiosa história envolvendo o lendário boxeador Mohamed Ali.
Introdução ao Puma GTE 1977
O Puma GTE 1977 é um esportivo nacional que se destaca não apenas pelo seu design atraente, mas também por suas especificações técnicas. Feito de fibra, este carro possui tração traseira e suspensão independente, características que muitos esportivos modernos não possuem. Este artigo explora todos os aspectos deste veículo, desde a motorização até o minúsculo espaço interno, e inclui um passeio para testar suas capacidades.
Design e Influências
O design do Puma GTE 1977 é frequentemente comparado ao Porsche, especialmente na parte traseira, que lembra o modelo 911. A frente do carro, conhecida como “frenteiro”, também é bastante elogiada. O porta-malas dianteiro é pequeno, com capacidade de 50 litros, e abriga o tanque de combustível e o estepe, que é uma quinta roda, algo incomum para a época.
Motorização
O coração do Puma GTE 1977 é um motor Volkswagen boxer 1.6, com quatro cilindros opostos, gerando 70 cavalos de potência e 12,3 kgfm de torque a 3.000 giros. Embora 70 cavalos possam parecer modestos hoje, na época, era uma potência significativa, especialmente considerando o peso do carro, que é de apenas 785 kg. A relação peso-potência de 11 kg por cavalo era impressionante para a época.
Manutenção e Desempenho
Manter um Puma GTE 1977 é relativamente fácil, pois ele compartilha muitas peças com o Fusca 1600, incluindo o motor e o câmbio. A velocidade máxima divulgada é de 158 km/h, e o 0 a 100 km/h é alcançado em 16,7 segundos, embora esses números possam ser um pouco otimistas. O carro possui freios a disco na frente e suspensão independente, o que era avançado para a época.
Espaço Interno e Conforto
O espaço interno do Puma GTE 1977 é bastante limitado. O carro é baixo e apertado, com o volante e os pedais desalinhados, o que pode ser desconfortável para motoristas mais altos. No entanto, o acabamento interno é de alta qualidade, com detalhes em couro sintético e um painel bem equipado para a época, incluindo contagiros, velocímetro, e medidores de pressão do óleo e temperatura do líquido de arrefecimento.
A História com Mohamed Ali
Uma das histórias mais interessantes sobre o Puma GTE 1977 envolve o boxeador Mohamed Ali. Após se aposentar, Ali se interessou pelo Puma e queria levá-lo para os Estados Unidos. Ele até dirigiu o carro no Brasil e ficou encantado. No entanto, o negócio não se concretizou devido a questões alfandegárias e a intervenção de um sheik do Oriente Médio, que ofereceu pagar o dobro pelo carro.
Dirigibilidade e Experiência de Condução
Dirigir o Puma GTE 1977 é uma experiência única. O carro é leve e ágil, com um motor que, apesar de modesto, proporciona uma condução divertida. A tração traseira e a suspensão independente contribuem para uma dirigibilidade agradável. No entanto, a visibilidade é limitada, e os freios, embora adequados para a época, não se comparam aos sistemas modernos.
Consumo de Combustível
O consumo de combustível do Puma GTE 1977 é razoável para um carro esportivo da década de 70. Os dados oficiais indicam 11 km/l na cidade e 13 km/l na estrada, embora esses números possam ser um pouco otimistas. De qualquer forma, o consumo não é o principal foco para quem aprecia um clássico como este.
Conclusão
O Puma GTE 1977 é um verdadeiro ícone dos esportivos nacionais. Com um design inspirado no Porsche, uma motorização robusta e uma história fascinante, este carro continua a encantar entusiastas de automóveis clássicos. Apesar de suas limitações em termos de espaço e conforto, a experiência de dirigir um Puma GTE é incomparável. Se você é um amante de carros clássicos, este é um modelo que definitivamente merece sua atenção.