A Waymo informou nesta semana que está atualizando o software e os protocolos de resposta a emergências de sua frota de veículos autônomos depois que um blecaute deixou robôs-táxi parados em cruzamentos de São Francisco no sábado, 20 de dezembro.
O apagão, provocado por um incêndio em uma subestação da concessionária PG&E, cortou a energia de cerca de 130 mil clientes — aproximadamente um terço da cidade — e desligou semáforos em diferentes regiões. A falha levou a empresa a suspender temporariamente o serviço de transporte por aplicativo naquela noite.
Serviço retomado no dia seguinte
A restauração do fornecimento começou no domingo (21), permitindo que as corridas fossem retomadas gradualmente na área da Baía de São Francisco. Vídeos publicados em redes sociais mostraram veículos da Waymo imobilizados com luzes de emergência acionadas enquanto os sinais de trânsito permaneciam inoperantes.
Limites operacionais expostos
Segundo a companhia, seus sistemas conseguem lidar com cruzamentos de quatro vias sem semáforos, mas a queda simultânea de energia gerou um volume atípico de solicitações de confirmação remota. No total, mais de 7 mil sinais de tráfego foram processados naquele sábado, o que provocou atrasos nas respostas e contribuiu para congestionar vias já sobrecarregadas.
A Waymo explicou que os protocolos atuais foram desenvolvidos para a fase inicial de operação e não para a escala atingida pela frota. As atualizações em implantação permitirão que os veículos reconheçam contextos específicos de blecautes e naveguem com maior autonomia nessas circunstâncias. A empresa também está revisando todos os procedimentos de resposta a emergências.
Investigação regulatória
Na segunda-feira (22), a California Public Utilities Commission (CPUC) abriu uma análise sobre os veículos que ficaram parados durante o apagão. O órgão divide com o Departamento de Veículos Motorizados da Califórnia a autorização para testes e operações comerciais de robôs-táxi no estado.

Imagem: Internet
Histórico recente de problemas
O incidente ocorre poucas semanas depois de a Waymo anunciar um recall de software no Texas, onde autoridades identificaram ao menos 19 ultrapassagens irregulares de ônibus escolares desde o início do ano letivo. O caso levou a National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA) a iniciar investigação sobre o comportamento dos veículos autônomos.
Atualmente, a Waymo opera mais de 2,5 mil veículos autônomos nas regiões da Baía de São Francisco, Los Angeles, Phoenix, Austin e Atlanta. A empresa afirma que as mudanças anunciadas já estão sendo implementadas em toda a frota.
Com informações de iG Carros