Ford avaliou álcool de batata, milho e açúcar no Modelo T na década de 1910

A Ford conduziu, entre 1914 e 1916, uma série de testes em Dearborn, nos Estados Unidos, para verificar o uso de combustíveis vegetais no lugar da gasolina. Os ensaios utilizaram etanol obtido de açúcar, milho, madeira e batatas em plena época de alta nos preços do petróleo.

Potência maior, autonomia menor

Registros internos da companhia indicam que o Modelo T — lançado em 1908 e originalmente apto a rodar com gasolina, querosene ou álcool — apresentou ganho aproximado de 15% na potência quando abastecido com o combustível vegetal, embora a autonomia tenha caído.

Matérias-primas de baixo custo

Os estudos analisaram subprodutos agrícolas e resíduos de fábricas de enlatados, bem como talos de milho. Uma variedade de batata de cultivo alemão foi citada como alternativa regional para produção de álcool.

Produção em antigas cervejarias

Henry Ford defendia o reaproveitamento de cervejarias desativadas — fechadas pela Lei Seca em Michigan — para destilar o novo combustível, reduzindo investimentos em infraestrutura. Documentos da época mencionam a conversão de estabelecimentos já existentes como estratégia para viabilizar o projeto.

Aplicação em tratores

Além dos automóveis, cerca de 30 tratores Fordson passaram por testes com álcool no mesmo período, avaliando desempenho sob carga contínua típica do trabalho no campo. A empresa considerava a possibilidade de pequenos produtores fornecerem matéria-prima e receberem o combustível por tubulações semelhantes às redes de gás urbano.

Interrupção com a Lei Seca

A adoção da Lei Seca em Michigan, seguida pela proibição nacional em 1920, inviabilizou a operação comercial das destilarias e levou ao encerramento dos experimentos. Quando a restrição foi revogada, em 1933, a Ford já havia concentrado esforços em novos modelos, como o Modelo A e o motor V8 de cabeçote plano, enquanto a expansão dos combustíveis fósseis reduzia o interesse por alternativas vegetais.

Embora não tenha avançado para a produção em escala, a iniciativa é considerada uma das primeiras tentativas documentadas de utilizar biocombustíveis com finalidade comercial.

Com informações de iG Carros

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