Volkswagen tem prejuízo de R$ 8,55 bilhões no 3º trimestre em meio à falta de chips e tarifas dos EUA

São Paulo – A Volkswagen fechou o terceiro trimestre de 2025 com prejuízo líquido de R$ 8,55 bilhões (US$ 1,5 bilhão), revertendo o lucro obtido nos períodos anteriores e registrando o primeiro resultado negativo desde a pandemia. O desempenho foi afetado principalmente pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre componentes automotivos e pela escassez global de semicondutores.

Tarifas elevam custos e reduzem margens

O governo do presidente Donald Trump elevou a taxação sobre veículos importados de 2,5% para 15% em agosto. Segundo a montadora, a medida encareceu a produção em um momento de desaceleração da demanda na China, outro mercado estratégico para o grupo.

“Estamos seguros até o fim da próxima semana”, afirmou o diretor financeiro Arno Antlitz, em teleconferência com analistas, referindo-se ao estoque de semicondutores disponível.

Impasse com Nexperia agrava falta de componentes

A Volkswagen também foi impactada pelo bloqueio das exportações da Nexperia, fabricante holandesa de chips controlada pela chinesa Wingtech. O embargo, resultado de disputas comerciais entre Estados Unidos e China, afeta peças usadas em sistemas simples, como limpadores de para-brisa e luzes de advertência.

Para Carsten Brzeski, economista-chefe do ING, a situação mostra que a indústria automotiva europeia perdeu capacidade de controlar sua cadeia de suprimentos.

Porsche amarga perdas e corta empregos

A Porsche, da qual a Volkswagen detém 75%, registrou prejuízo operacional de € 966 milhões no trimestre, frente ao lucro de € 974 milhões no mesmo intervalo de 2024. O reposicionamento da marca, que decidiu reduzir a aposta em esportivos totalmente elétricos, gerou € 4,7 bilhões em encargos nos nove primeiros meses do ano e levará ao corte de 4 000 postos de trabalho até dezembro.

Plano de eficiência e negociações nos EUA

O grupo estima desembolsar € 5 bilhões em tarifas ao longo de 2025 e promete elevar produtividade e cortar despesas em todas as marcas. A empresa negocia com Washington incentivos fiscais que levem em conta investimentos prévios, como a injeção de US$ 1 bilhão na startup Rivian, e estuda erguer uma fábrica da Audi em território norte-americano até o fim do ano.

Brasil dribla crise dos semicondutores

No Brasil, o governo obteve licenças especiais de importação de chips junto a Pequim, evitando interrupções nas linhas de montagem. A Anfavea informou produção de 214 mil veículos em outubro, alta de 6,1% ante igual mês de 2024, com níveis de emprego e exportações estáveis.

Com informações de carros.ig.com.br

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