Quando se fala em novos modelos Chevrolet, a expectativa do público brasileiro cresce automaticamente. Afinal, a marca da gravatinha dourada carrega décadas de tradição, inovação e desafios técnicos que marcaram sua trajetória.
Este artigo mergulha nos bastidores desse anúncio, contextualiza cada lançamento, compara dados concretos e destrincha a solução técnica que promete trazer alívio a milhares de proprietários. Ao final da leitura, você entenderá o que muda em manutenção, desempenho, mercado e sustentabilidade — conhecimento indispensável para consumidores, lojistas, reparadores e entusiastas.
Panorama dos Cinco Novos Modelos Chevrolet
Por que lançar cinco de uma só vez?
A General Motors planeja acelerar a rotação do portfólio nacional para reduzir a idade média dos produtos e antecipar tendências globais. Segundo o vídeo, os novos modelos Chevrolet são:
- Novo Onix 2026 (geração completamente reformulada)
- Tracker RS com motorização 1.5 Turbo híbrida-leve
- SUV compacto elétrico derivado do Equinox EV
- Montana Extended Range (versão híbrida plug-in)
- Blazer EV adaptada ao Mercosul
Cada veículo cumpre um papel-chave: competir em preço, subir valor agregado ou atender metas de emissões. Por exemplo, o Novo Onix abandona a plataforma GEM para adotar a VSS-F, comum na Europa, enquanto o SUV elétrico nasce na nova arquitetura Ultium, compartilhando baterias com a Cadillac. Esse portfólio heterogêneo assegura cobertura em todos os segmentos de volume até 2030.
No vídeo, Wanderson enfatiza que o cronograma apertado é viável graças ao “Fast-Lane”, programa interno que utiliza células de desenvolvimento ágil. Isso reduz de 54 para 30 meses o ciclo entre concepção e linha de montagem, algo essencial para não perder terreno para BYD, VW e Stellantis.
Tecnologia de Propulsão: Do Flex ao 100% Elétrico
Híbridos leves, plug-in e BEV
Entre os novos modelos Chevrolet, três soluções de motorização dominam: flex turbinado, híbrido-leve de 48 V, híbrido plug-in e 100% elétrico (Battery Electric Vehicle). O Tracker RS, por exemplo, mescla motor 1.5 Turbo a um gerador de 12 kW, entregando assistência em baixas rotações e recuperando energia em frenagens. Já a Montana Extended Range adota bateria de 17,3 kWh capaz de garantir 80 km de autonomia elétrica, ideal para trajeto urbano.
- Flex turbo: mantém custo de produção baixo e assegura infraestrutura de abastecimento imediata.
- Mild Hybrid 48 V: incrementa até 12% na economia sem alterar hábito do usuário.
- Plug-in Hybrid: reduz emissões em até 70 g CO₂/km.
- BEV Ultium: plataforma escalável, autonomia de 450 km e recarga rápida (10-80% em 32 min).
- E-Axle: motor integrado ao eixo, poupando 10 kg de componentes.
Wanderson destaca que a estratégia “multi-caminho” foi adotada depois de estudos em 14 países: regiões com etanol abundante se beneficiam do flex; grandes metrópoles, dos BEVs; já áreas com malha elétrica limitada continuam com híbridos leves.
Correia Banhada a Óleo: Do Pesadelo ao Fim do Problema
Histórico do Defeito
A correia dentada banhada a óleo (CBÓ) foi introduzida pela GM para reduzir ruído e atrito em motores 1.0 e 1.2 Turbo. Entretanto, unidades produzidas entre 2020 e 2023 exibiram desgaste prematuro: partículas de borracha contaminavam o lubrificante, entupiam dutos de óleo e causavam travamento de virabrequim. Processos judiciais e reclamações em massa no Reclame Aqui abalaram a reputação da série Onix e Tracker.
Solução 2024: “Steel-Core Belt”
No vídeo, Wanderson revela que a GM aplicará a chamada Steel-Core Belt (SCB), correia híbrida com núcleo metálico, fibras de aramida e revestimento PTFE. A SCB suporta até 220 °C, contra 160 °C da antiga, e tem resistência química a aditivos de óleo. Testes duraram 268 h em dinamômetro e 180 mil km em frota; nenhum incidente foi registrado.
“A Steel-Core Belt representa o fim da insegurança mecânica para quem confia na Chevrolet. É uma evolução comparável à migração de carburador para injeção eletrônica.” — Eng. Mauro K. Yamada, consultor em powertrain
A GM também altera o intervalo de troca: antes 60 mil km; agora, 240 mil km ou 10 anos. Além disso, implementa filtro de alta malha na bomba de óleo e novo sensor de pressão capaz de identificar micro-detritos.
Link: CHEVROLET LANÇOU 5 MODELOS NOVOS E A SOLUÇÃO DEFINITIVA PARA CORREIA BANHADA ÓLEO! INACREDITÁVEL?
Impacto Mercadológico no Brasil e no Exterior
Reflexos nas vendas e percepção de marca
Segundo a Bright Consulting, falhas mecânicas reduzem em média 12% o valor de revenda durante o primeiro ano pós-recall. A correção da CBÓ tende a revalorizar a linha Onix/Tracker em aproximadamente 6 p.p. no Índice de Depreciação Fipe. Isso eleva confiança de frotistas, locadoras e clientes pessoa física.
Nos Estados Unidos, a estratégia da GM se volta mais aos elétricos. Porém, na América Latina, a transição energética exige gradualismo. Ao oferecer novos modelos Chevrolet para cada estágio, a montadora cria “escadaria” de evolução. Países vizinhos como Argentina e Colômbia receberão a Montana Extended Range montada em São Caetano, reforçando exportações brasileiras.
Além disso, concessionárias terão programas exclusivos de certificação “EV-Pro”. Técnicos precisarão de 150 horas de treinamento em segurança de alta tensão e diagnóstico de bateria. A rede já conta com 185 pontos de recarga rápida e planeja alcançar 500 até 2025.
Comparativo Técnico Entre Plataformas
GEM vs. VSS-F vs. Ultium
A Chevrolet operará com três bases distintas. Para clarear, confira a tabela a seguir:
| Característica | Plataforma GEM (2019) | Plataforma VSS-F / Ultium (2024+) |
|---|---|---|
| Largura estrutural | 1,68 m | 1,75 m |
| Peso médio | 1 180 kg | 1 070 kg (VSS-F) / 1 540 kg (Ultium) |
| Rigidez torcional | 18 000 Nm/º | 23 500 Nm/º |
| Sistema elétrico | 12 V (padrão) | 48 V + 400 V (BEV) |
| Autonomia elétrica | N/A | 450 km (Ultium) |
| Custo de produção | 100% | 85% (VSS-F) / 130% (Ultium) |
| Prazo de manutenção | 10 000 km | 15 000 km (ICE) / 30 000 km (BEV) |
Observe que a VSS-F diminui peso e aumenta rigidez, favorecendo consumo e segurança. Já a Ultium, embora mais cara inicialmente, viabiliza softwares de atualização over-the-air (OTA) e condução autônoma SuperCruise Nível 2.
Custos de Propriedade e Manutenção
O que muda para o bolso do consumidor?
- Intervalo da correia: 240 mil km ou 10 anos (redução de até R$ 1 800 em trocas).
- Manutenção preditiva OTA: atualizações de software evitam 2 visitas/ano à concessionária.
- Serviço de baterias: garantia de 8 anos ou 160 000 km.
- Seguro: queda média de 6% pela menor sinistralidade em elétricos.
- IPVA: vários estados oferecem 50% de desconto para BEVs.
- Custo por km: Tracker RS Hybrid = R$ 0,36; Tracker 1.0 Turbo atual = R$ 0,45.
- Revenda: valorização projetada de 8% para modelos pós-CBÓ.
Além disso, revisões foram reorganizadas em pacotes “Smart Care”, permitindo pagamento por assinatura mensal (inclui peças, mão de obra e telemetria). A economia potencial atinge 18% em cinco anos, segundo simulação da consultoria Roland Berger.
Não é Apenas Mais Uma: O Fim da Fábrica que Expõe o Verdadeiro Colapso do Setor Automotivo
Perguntas Frequentes (FAQ)
- 1. Quando os cinco novos modelos Chevrolet chegam às lojas?
O Tracker RS Hybrid estreia no 2º semestre de 2024; o Onix 2026 inicia vendas em janeiro / 2026; Montana Extended Range e SUV elétrico chegam até meados de 2025; a Blazer EV fica para 2026. - 2. A correia antiga poderá ser substituída pela SCB em motores já vendidos?
Sim. A GM abrirá upgrade subsidiado para veículos dentro da garantia e plano de fidelização para quem já venceu. - 3. Os modelos flex ainda farão parte do portfólio depois de 2030?
A GM afirma que manterá motores flex até que infraestrutura elétrica alcance 60% do território brasileiro. - 4. Quanto custará a versão de entrada do Onix 2026?
Estimativa inicial gira em torno de R$ 96 900. - 5. A bateria Ultium é reciclável no Brasil?
Sim. A montadora fechou parceria com a LithoRec para reciclagem de 70% dos componentes. - 6. O SuperCruise virá de série em todos os elétricos?
Não. Será opcional nas versões topo de linha e poderá ser habilitado por assinatura. - 7. Como fica a garantia contra corrosão nos novos modelos Chevrolet?
Serão 6 anos, com pintura em cataforese e aço galvanizado de dupla-fase.
Visão de Longo Prazo e Estratégia de Sustentabilidade
Neutralidade de carbono até 2040
A GM assinou compromisso Science Based Targets (SBTi) para operar sem emissão líquida de carbono em 2040. Isso inclui deslocar 100% de suas fábricas brasileiras para energia renovável até 2025, implementar logística ferroviária para peças e usar embalagens reutilizáveis.
Wanderson lembra que, em Gravataí, 750 t de CO₂ já foram cortadas com energia solar e biodiesel B20 na frota interna. Os novos modelos Chevrolet adotam materiais reciclados em painel, carpetes de PET e alumínio de baixo carbono. Há ainda créditos de carbono gerados por reflorestamento de 15 mil hectares no Mato Grosso.
- 50% de aço verde até 2035
- 100% de embalagens recicláveis em 2027
- Redução de 30% de água por veículo produzido até 2030
- Projeto “Battery2Life” para reaproveitar módulos em storage doméstico
- Logística reversa para pneus usados em parceria com Reciclanip
Essas metas reforçam a imagem da GM como catalisadora da transição energética. A curto prazo, a correção da CBÓ e o portfólio de eletrificação fortalecem a confiança do consumidor, alinhando rentabilidade com responsabilidade ambiental.
Conclusão
Principais aprendizados deste artigo:
- Chevrolet apresenta cinco lançamentos estratégicos de 2024 a 2026.
- Solução “Steel-Core Belt” encerra o problema da correia banhada a óleo.
- Motores flex, híbridos e elétricos coexistirão para atender diferentes realidades.
- Plataformas VSS-F e Ultium elevam rigidez, reduzem peso e habilitam OTA.
- Custo de propriedade cai até 18% com manutenção preditiva.
- Sustentabilidade é prioridade: carbono neutro em 2040.
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Créditos: conteúdo inspirado no vídeo do canal Wanderson Luis Dicas Automotivas. Todos os dados refletem as informações divulgadas até março / 2025 e podem sofrer alterações posteriores.